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Este engenheiro começou com lava-jato e pastel no Ceará e agora vai a Miami

Larissa Coldibeli

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/07/2017 04h00

O engenheiro cearense Afrânio Barreira Filho, 60, já teve empresa na sua área de formação, lava-jato e pastelaria em Fortaleza (CE), mas foi com a rede de restaurantes a la carte Coco Bambu que ele virou milionário. Com 26 unidades no Brasil que devem faturar R$ 600 milhões em 2017 – o lucro não foi divulgado -, ele agora chega aos EUA, em Miami, onde vai inaugurar a primeira unidade internacional em agosto.

O investimento para a internacionalização foi de US$ 10 milhões (mais de R$ 33 milhõesl). A escolha por Miami se deu pela grande presença de latinos e por ser um destino importante de brasileiros.

Todo o processo para a abertura levou três anos. Com esse aprendizado, esperamos inaugurar de uma a duas unidades por ano nos EUA

O conceito do negócio será o mesmo das unidades já existentes: decoração rústica, porém, chique, salão grande (a capacidade é para 480 pessoas) e pratos para dividir. No cardápio, o destaque são os frutos do mar, com pratos como a Rede de Pescador, que vem com lagosta, camarão, mexilhões, peixe e lula grelhados. Custa R$ 325 e serve três pessoas.

Barreira Filho tomou gosto pelo ramo de alimentação em 1989, com a inauguração do Dom Pastel, em Fortaleza. O negócio deu certo, cresceu e existe até hoje, ocupando uma área de 2.000 m² que inclui até um bufê infantil. Ainda no final da década de 80 ele se desfez da empresa de engenharia e lava-jato para se dedicar à alimentação.

“Com o Dom Pastel, vimos a importância da presença do dono para o negócio dar certo. Adotamos esse modelo também para o Coco Bambu. Cada unidade possui de dois a três sócios que detêm de 10% a 12% do negócio e são responsáveis por acompanhar o dia a dia da operação”, declara.

Expansão exige planejamento e adaptações

Segundo Léo Teixeira, sócio-diretor da NaMesa Consultoria, o empresário acerta ao escolher esse modelo de gestão. “Com sócios operadores, fica mais fácil focar na expansão.”

Apesar de a rede estar exportando o mesmo conceito de negócio que adota aqui, o consultor diz que adaptações são sempre necessárias. “É necessário fazer algumas mudanças, inclusive no cardápio. Muitas vezes, o alto custo de alguns insumos em determinadas regiões e o paladar local exigem isso”, declara.

Teixeira diz, ainda, que expansões como essa exigem um grande trabalho de padronização de processos. “Sem esse preparo para o crescimento, o risco de fracasso é muito grande.”

Serviço:

Coco Bambu: www.cocobambu.com