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Empresa de evento começou em um quarto; hoje, na Paulista, fatura R$ 1,3 mi

Claudia Andrade

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/09/2017 04h00

As amigas de faculdade Ana Maria Gomes, 36, e Lívia Mangini, 38, abriram no final de 2010 a Magnólia Comunicação em um quarto de cerca de 10 metros quadrados no apartamento de uma das sócias, em São Paulo. Hoje, a empresa funciona em um escritório na av. Paulista, três vezes maior, e faturou no ano passado R$ 1,3 milhão. O lucro foi de 20% (R$ 260 mil).

A Magnólia Comunicação faz eventos para empresas. As sócias criam as atrações, fazem o plano de divulgação e realizam o encontro. Podem ser palestras técnicas, lançamentos de produtos, comemorações, entre outros.

O investimento inicial na empresa foi de R$ 10 mil, usados na compra de dois computadores, uma linha telefônica, uma impressora e material de escritório.

Neste ano, Ana Maria diz já trabalhar com a possibilidade de queda de 10% do faturamento em comparação ao do ano passado.

Segundo ela, as empresas querem fazer eventos, “só que com metade da verba”. Ana Maria diz que, como elas sempre pouparam parte do faturamento desde o início da empresa, agora têm recursos para enfrentar a crise.

Poupar nos tempos de vacas gordas foi algo que ajudou. A gente não está operando no vermelho e não fez empréstimo

A Magnólia trabalha em 2017 com dez clientes ativos. “Percebemos que, somente com os eventos que já costumávamos organizar, não seria possível manter a estrutura da empresa. Por isso passamos a investir mais na área comercial, em marketing digital e prospecção de novos clientes”, afirma Ana Maria. Empresas de tecnologia são o principal foco delas.

Na primeira sede da empresa cabiam apenas duas pessoas

Ana Maria e Lívia haviam estudado Relações Públicas na mesma faculdade e também trabalharam juntas em uma empresa.

Quando decidiram investir em um negócio próprio, elas criaram a Magnólia, que funcionava em um quarto do apartamento onde Lívia morava. No espaço cabiam apenas as duas sócias.

“Quando a gente contratava algum funcionário temporário para um evento específico, a pessoa tinha de trabalhar de casa”, relata Ana Maria.

Cerca de dois anos depois, a empresa foi transferida para um escritório maior, que acomoda até seis pessoas, tem mesa de reunião e copa. Três funcionários foram contratados.

Especialização ajuda empresa menor

O consultor do Sebrae-SP Adriano Augusto Campos diz que definir um público-alvo específico para a empresa pode ser uma boa alternativa para conquistar clientes.

“É uma área extremamente concorrida mesmo. Tem todos os tipos de empresas, de todos os portes. Um público mais restrito traz uma chance maior de se relacionar. Se for muito amplo, você não vai ser especialista em nada e ninguém vai te conhecer”, afirma.

Aproveitar contatos é outro ponto importante para divulgar o trabalho. “Pode ser um amigo, familiar, vizinho, colega que atue nessa área, em alguma empresa. As pessoas precisam saber que você trabalha nisso”.

O consultor diz que a empresa também precisa manter contato com o cliente depois que o serviço é prestado. “Além de prestar um serviço muito bem feito, a grande sacada é aproveitar o relacionamento com os clientes atuais, já que boa parte desse mercado trabalha por indicação”.

Onde encontrar:

Magnólia Comunicação - http://magnoliacom.com.br/ 

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