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Criação de vagas com carteira cai 41% e é a menor para setembro desde 2001

Do UOL, em São Paulo

15/10/2014 15h49Atualizada em 15/10/2014 17h52

O Brasil abriu 123.785 vagas de trabalho com carteira assinada em setembro, uma queda de 41,35% em relação ao mesmo mês de 2013 (211.068 vagas). Em comparação com agosto (115.860 vagas), houve alta de 6,8%.

É o pior resultado para setembro desde 2001, quando foram gerados 80.028 empregos no país.

Os números são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ligado ao Ministério do Trabalho, e foram divulgados nesta quarta-feira (15).

Os dados referem-se ao saldo entre admissões e demissões e estão sem ajuste, ou seja, sem as informações enviadas pelas empresas fora do prazo. Se considerados os números ajustados, em setembro de 2013, foram gerados 257.668 novos empregos.

No ano, 30% menos vagas que em 2013

Em setembro, 1.770.429 de trabalhadores com carteira foram admitidos e 1.646.644 foram desligados.

No acumulado do ano, de janeiro até setembro, a geração de emprego com carteira assinada somou 730.124 vagas, quase 30% a menos do que a abertura de 1,038 milhão de vagas em igual período de 2013, se forem considerados dados não ajustados (sem as informações enviadas pelas empresas fora do prazo).

Se forem considerados os dados ajustados até agosto, e setembro sem ajuste, esse número passa a 904.913 novos postos de trabalho, 31,62% a menos do que nos nove primeiros meses de 2013 (1,323 milhão).

Governo espera criar 1 milhão de vagas no ano

"Alguns setores não vão bem. Não podemos viver no mundo diferente do restante do mundo", afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias. 

Há três meses, o ministro revisou a meta de criação de novos postos de trabalho neste ano para 1 milhão. A meta anterior era de 1,3 milhão a 1,4 milhão de novas vagas.

Indústria cria vagas após cinco meses de queda

A indústria, que registrava mais demissões do que contratações há cinco meses consecutivos, voltou a registrar saldo positivo no emprego. Em setembro, a indústria criou 24.837 novas vagas com carteira assinada.

O setor de serviços foi responsável pela criação de 62.378 vagas, seguido pelo comércio, com 36.409 vagas. Por outro lado, fecharam vagas a agricultura (-8.876) e o segmento extrativo mineral (-455). 

Melhor desempenho em Pernambuco, Alagoas e Rio

Quatro das 27 unidades da federação tiveram saldo negativo, o que significa que o número de vagas fechadas foi maior que o de vagas abertas. Em Rondônia, houve redução de 917 vagas; em Minas Gerais, de 840; no Piauí, de 401; e no Acre, de 90 vagas.

Pernambuco foi o Estado com melhor resultado, com 21.971 novos postos de trabalho. O Estado é seguido por Alagoas, com 13.748, e Rio de Janeiro, com 12.868 novas vagas.

Taxa de desemprego no país é de 5%

O nível de desocupação no Brasil foi de 5% da PEA (População Economicamente Ativa) em agosto, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O dado é o mais recente divulgado pelo órgão. Em julho, a taxa de desemprego foi de 4,9%; em agosto de 2013, estava em 5,3%.

(Com Reuters e Valor)