Funcionários da Chery em Jacareí (SP) entram em greve por melhores salários
Os funcionários da fábrica da montadora Chery, em Jacareí, a 84 km de São Paulo, iniciaram uma greve na manhã desta segunda-feira (6) por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a produção está totalmente paralisada.
A greve é por melhores salários e pela garantia de direitos. Os metalúrgicos afirmam que a remuneração é menor do que a praticada na área. De acordo com o sindicato, o piso salarial de um montador é R$ 1.199, enquanto um trabalhador da GM na mesma função ganha R$ 3.500.
"A empresa também se recusa a praticar a jornada de trabalho de 40 horas semanais e a assegurar estabilidade no emprego para vítimas de acidente de trabalho ou de doenças ocupacionais, como está previsto na convenção coletiva da categoria", afirma o sindicato.
Os grevistas também acusam a empresa de prática de terceirização ilegal, desrespeito às normas de saúde e segurança no local de trabalho, dizem que faltam equipamentos adequados para as tarefas e reclamam da comida, que seria de "péssima qualidade".
O sindicato afirma que é a primeira greve desde a inauguração da fábrica, em agosto do ano passado. A unidade, a primeira fora da China, tem cerca de 470 trabalhadores e produz o modelo Celer, nas versões hatch e sedan.
A Chery afirma que vem negociando com o sindicato há tempos e vai apresentar nova proposta aos metalúrgicos até amanhã. Em nota divulgada no dia 24 de março, a empresa afirmou que "segue rigorosamente a legislação brasileira desde o início de suas atividades no país".
A montadora também disse que vive um período de revisão de sua estratégia "diante do atual cenário econômico do país", inclusive diminuindo a previsão de produção neste primeiro ano de funcionamento, passando de 30 mil para 25 mil carros.
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