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Dar bolo, levar banda e escorregar; veja 5 pedidos de demissão inusitados

Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

16/04/2015 06h00

Na semana passada um vídeo da jornalista Gabriella Bordasch, da TV RBS (afiliada da Globo no Rio Grande do Sul), plantando bananeira teve muita repercussão nas redes sociais. Ele foi gravado em novembro e mostra um momento de descontração enquanto ela estava fora do ar.

A jornalista decidiu publicá-lo no Facebook agora para anunciar sua saída da TV aos amigos, escrevendo "resolvi virar minha vida de cabeça para baixo". Gabriella Bordasch, que era garota do tempo, disse que já tinha pedido formalmente sua demissão e que seu antigo chefe gostou do vídeo.

Alguns funcionários, porém, não têm muita preocupação em manter portas abertas ao deixar uma empresa. Ainda que devessem.

De acordo com um levantamento da OfficeTeam, empresa da Robert Half especializada em recrutamento de profissionais administrativos, 33% dos gerentes de RH pesquisados acreditam que o modo como um empregado deixa seu emprego afeta  profundamente oportunidades futuras na carreira.

Outros 53% afirmaram que afeta de alguma maneira e apenas 12% disseram que não tem impacto algum. Outros 2% não souberam responder. O levantamento foi feito com 600 gerentes de RH nos EUA e Canadá. 

Alguns casos de pedidos inusitados de demissão ficaram famosos. 

Soltou um palavrão e foi defender maconha

A repórter americana Charlo Greene largou seu emprego ao vivo no ano passado após uma reportagem sua na KTVA, canal de TV da cidade de Anchorage, no Alasca (EUA). Não satisfeita, a repórter ainda soltou um palavrão ao anunciar a saída. "Sobre este trabalho, f***-se, eu me demito", foram suas palavras.

Antes de soltar a bomba, ela explicou que iria se dedicar à luta pela legalização da maconha no Alasca. Em entrevista ao "HuffPost", Charlo Greene afirmou que a decisão foi planejada com um ou dois meses de antecedência para trazer atenção para a causa, mas a ideia de usar o palavrão veio na hora.

A maconha foi legalizada no Estado americano, mas é difícil dizer o quanto a demissão da jornalista ajudou nisso.

Publicou demissão no YouTube

Cansada de seu trabalho em uma produtora de vídeos de notícias, Marina Shifrin decidiu comunicar publicamente sua demissão em 2013. Ou melhor, para o mundo todo.

Ela editou e publicou no Youtube um vídeo em que dança ao som do rapper Kanye West e explica sua decisão nas legendas. Segundo ela, a empresa é ótima mas o chefe só liga para a quantidade de visualizações dos vídeos, e não para a qualidade.

O vídeo da demissão já ultrapassou a marca de 19,3 milhões de visualizações.

Saiu em alto e bom som

Joey DeFrancesco trabalhava em um hotel da cidade de Providence, no Estado americano de Rhode Island, por três anos e meio quando decidiu largar o emprego, em 2011.

Mas ele não queria fazer isso discretamente. Por isso contratou uma fanfarra para acompanhá-lo no momento da entrega do pedido de demissão. E tudo foi gravado e publicado online, claro. A decisão, segundo DeFrancesco, foi porque a gerência tratava mal os funcionários.

Escorregou para a demissão

Carreira - avião - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Em 2010, o comissário de bordo Steven Slater decidiu escorregar para fora de seu emprego. Segundo relato das autoridades na época, o funcionário da companhia JetBlue ficou irritado com uma discussão entre passageiros que queriam pegar a bagagem logo para sair do avião, que estava parado no aeroporto JFK, em Nova York.

Slater desabafou no alto-falante da aeronave, pegou uma lata de cerveja, acionou o escorregador inflável de emergência e foi para casa.

Mais tarde, a polícia o encontrou em sua residência. Ele foi preso por colocar vidas em perigo. O escorregador é muito pesado e infla com muita pressão, colocando em risco a vida de quem pudesse estar passando embaixo.

Deu um bolo para o chefe

Carreira - bolo demissão - BBC - BBC
Imagem: BBC

Outro funcionário do ramo de aviação utilizou um meio incomum para se demitir: um bolo. Chris Holmes trabalhava como oficial de fronteira no aeroporto de Stansted, na Grã-Bretanha. Em 2013, com 31 anos e depois de ter um filho, ele decidiu largar o emprego.

Ele queria se dedicar mais à família e à sua confeitaria. Então, por que não escrever a carta de demissão em um bolo?

A iguaria era de cenoura, com coco, nozes, uvas e coberta com creme branco. O sabor deve ter agradado ao chefe, que desejou tudo de bom a Holmes. O superior do ex-funcionário também disse que ele entregou uma carta mais formal, supõe-se que em papel.