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Criação de vagas com carteira assinada em 2014 é a menor desde 1999

Do UOL, em São Paulo

09/09/2015 16h37Atualizada em 09/09/2015 18h06

Em 2014, o Brasil gerou 623.077 novos empregos com carteira assinada, o menor resultado desde 1999, quando tinham sido gerados 501.630 novos postos de trabalho. Em 2013, tinham sido criadas 1,49 milhão de vagas com carteira.

Se comparar o número novas vagas em relação ao total já existente, a alta em 2014 foi de 1,27% --a menor desde 1997 (1,15%).

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e fazem parte da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), um registro declarado anualmente por todas as empresas do país.

Diferentemente do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que leva em conta apenas dados do setor privado, a Rais também usa dados de servidores públicos, além de avulsos e temporários. Em 2014, segundo o Caged, foram criados 416,5 mil postos com carteira assinada.

Aumento em 5 de 8 setores

Dos oito setores da economia analisados em 2014, cinco tiveram aumento no número de empregos com carteira assinada: comércio (2,28%), serviços (3,51%), administração pública (0,17%), agropecuária (0,01%) e serviços industriais de utilidade pública (1,22%).

Por outro lado, a área extrativa mineral (-1,45%), a indústria de transformação (-1,47%) e a construção civil (12,66%) tiveram queda no número de vagas. 

Amazonas foi único Estado com corte

Todas as regiões do país criaram novos empregos com carteira assinada no ano passado: Nordeste (2,31%), Norte (2,12%), Sul (1,6%), Centro-Oeste (1,28%) e Sudeste (0,69%).

Se forem analisados os Estados separadamente, praticamente todos registraram crescimento no número de carteiras assinadas, com exceção do Amazonas, que teve perda de 1.491 postos (-0,23%).

Segundo o Ministério do Trabalho, as demissões foram puxadas pela indústria de transformação (-8.400 postos) e a construção civil (-6.200). 

Aumenta participação das mulheres

Entre as mulheres, o aumento no emprego com carteira assinada foi de 2,35%, ou 493,1 mil novos postos. O resultado foi proporcionalmente melhor que o dos homens, que tiveram um aumento de 0,46% (130 mil carteiras).

Com isso, a participação das mulheres no mercado de trabalho formal passou de 42,79%, em 2013, para 43,25%, em 2014. Para fazer uma comparação, as mulheres representam 51% da população, e os homens, 49%, segundo dados do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).