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Participação do negro no mercado cresce em SP, mas salário ainda é menor

Do UOL, em São Paulo

17/11/2015 13h08

A participação de negros no mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo aumentou em 2014, na comparação com 2013, passando de 35,2% para 37,9%. Eles, porém, ainda ganham menos do que os não negros, diferença que aumentou 1,6 ponto percentual nesse período.

No ano passado, o salário médio por hora dos negros era de R$ 8,79, representando 63,7% do que era recebido por não negros (R$ 13,80). Em 2013, essa proporção era de 65,3%.

Os dados fazem parte de um estudo do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A análise é referente ao ano passado, mas foi divulgada nesta terça-feira (17) por causa do Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado na próxima sexta-feira.

Aumenta diferença de salário

O salário dos negros não teve um resultado muito positivo em São Paulo no ano passado, de acordo com o estudo. Entre 2013 e 2014, o rendimento ficou relativamente estável, com aumento de 0,3%, enquanto o dos não negros aumentou 2,9%.

Desemprego ainda é maior entre negros, mas diferença caiu

O desemprego continua sendo maior entre os negros do que entre os não negros, mas a diferença entre os dois grupos diminuiu.

A taxa de desemprego entre os negros ficou estável entre 2013 e 2014, em 12%. A de não negros aumentou de 9,4% a 10,1%.

O estudo afirma que essa diferença tem caído ao longo dos anos. Em 2002, por exemplo, ela chegava a 7,2 pontos percentuais. 

Segundo o estudo, a parcela de negros entre o total de desempregados também é desigual na comparação com sua participação no mercado de trabalho.

Em 2014, os negros representavam 38% da população em idade ativa e 38,4% da população economicamente ativa na região metropolitana de São Paulo. Entre o total de desempregados, os negros representavam 42,6%.

Segundo o estudo, essa diferença também diminuiu entre 2013 e 2014. Enquanto a proporção de negros na população economicamente ativa aumentou 2,5 pontos percentuais, a parcela de negros entre os desempregados cresceu menos: 1 ponto percentual.