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Pequenos negócios 'mudam tendência' e fecham vagas com carteira em 2015

Do UOL, em São Paulo

21/01/2016 20h51Atualizada em 21/01/2016 20h52

Nos últimos anos, as micro e pequenas empresas vinham sendo responsáveis pela criação da maior parte dos novos empregos com carteira assinada do país. Em 2015 foi diferente: os pequenos negócios fecharam mais vagas do que abriram. No total, foram 224 mil postos de trabalho a menos. 

O número de novas vagas foi caindo ano a ano. Esse número representa o saldo de empregos, ou seja, o total de demissões menos o de contratações no período. 

Veja a evolução desde 2010:

  • 2015: -224 mil vagas
  • 2014: +526.928 vagas
  • 2013: +839.855 vagas
  • 2012: +900.289 vagas
  • 2011: +1.033.000 vagas
  • 2010: +1.600.000 vagas

No ano passado, do total de 1,5 milhão de postos cortados em todo o país, 224 mil foram em pequenos negócios (14,6%). 

Os dados são organizados pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa) com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego. 

Tombo em dezembro

Dezembro é, tradicionalmente, um mês em que muitas vagas são fechadas, por causa da entressafra agrícola, término do ciclo escolar e fechamento da maioria dos empregos temporários.

Os pequenos negócios, por exemplo, perderam cerca de 280 mil vagas só no último mês do ano, estima o Sebrae. 

Alta só em serviços e agronegócio

Apenas os setores de serviços e agronegócio tiveram um saldo positivo de empregos entre as micro e pequenas empresas. Eles geraram, respectivamente, 161,6 mil e 22,5 mil novas vagas nos pequenos negócios.

O setor com maior número de demissões foi o da indústria, com o encerramento de, aproximadamente, 213 mil vagas, seguido pelo da construção civil, com 112 mil vagas, e pelo comércio, com 82,6 mil.