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Está desempregado? Internet pode ser saída para conseguir renda

Patrícia Büll

Colaboração para UOL, de São Paulo

01/08/2018 04h00

O Brasil encerrou o segundo trimestre com 13 milhões de desempregados, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Um possível campo de trabalho a explorar para enfrentar essa situação é a internet.

Marketing online, desenvolvimento de aplicativos, design, produção de conteúdo e programação são algumas das profissões com mais demandas pela internet. Mas também é possível encontrar opções tradicionais, como consultoria, serviços de administração de empresas e venda. Para quem é bastante ativo nas redes sociais, vale também tentar ser um "influenciador" -divulgar nas redes sociais serviços e produtos de outras pessoas e empresas, ganhando comissão.

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Vender diretamente produtos e serviços pela internet

Oferecer os próprios produtos e serviços pela internet é outra opção, diz Daniel Pasqualucci, co-fundador da Descola, empresa que oferece cursos online nos mais diversos segmentos. "Nossa intenção é desenvolver habilidades que ajudem as pessoas a encontrar uma recolocação no mercado de trabalho ou para que ofereçam melhor seus próprios serviços."

Um dos caminhos mais simples, diz ele, é oferecer trabalhos como freelancer dentro de suas habilidades. "Existe uma infinidade de plataformas que oferecem opções de trabalhos para freelancers", diz ele (veja algumas no final deste texto).

Para se ter ideia da importância que esse segmento vem conquistando, dados do Relatório de Trabalho Independente e Empreendimento, organizado pela Workana, plataforma de serviços online, aponta uma expansão de 80% no trabalho como freelancer em 2017 na comparação com o ano anterior, quando a expansão foi de 180% ante 2015.

Organização é a palavra-chave

Para Pasqualucci, um dos principais pontos para quem vai trabalhar como freelancer é a gestão do tempo. "Quando você fecha um trabalho por projeto, por exemplo, é importante calcular quanto precisa se dedicar a cada um para que a entrega seja feita dentro do prazo acordado", diz.

Fazer a gestão financeira dos ganhos também é importante. Separar um percentual do que ganha em cada projeto é uma forma de se preparar para renovação de equipamento, gastos do local onde trabalha -e até para eventuais atrasos de pagamento ou períodos sem trabalho.

Também é importante fazer networking -que é se reunir com outros profissionais. "São eles que podem indicar trabalhos ou parcerias", diz Pasqualucci. Para quem trabalha em casa, uma dica é frequentar espaços colaborativos para ver gente e trocar ideias.

Conhecer o contratante e registrar o serviço

Especialista em gestão de pessoas, Aline Mendonça orienta o prestador de serviço pela internet a marcar uma entrevista com quem vai contratá-lo para ter a garantia de que "aquela pessoa existe" e não se trata de um perfil falso, por exemplo. O ideal é que esse contato seja presencial. Mas, se não for possível, vale uma entrevista pelo Skype.

Outro cuidado é preparar um contrato com as cláusulas essenciais, como o serviço a ser executado, o prazo e a remuneração. "Pode até ser por RPA (recibo de pagamento autônomo) já que a ideia não é dificultar a execução do serviço, mas ter uma garantia mínima para ambos os lados", diz Aline.

E o mais importante, diz ela, é ir com calma na hora da negociação. "Às vezes, na ânsia de fechar um trabalho, a pessoa acaba atropelando o cliente, ligando a toda hora ou mandando muitos e-mails. Para evitar que isso aconteça, o ideal é definir um prazo para que o possível cliente dê um retorno. Isso evita que ele se assuste e desista do trabalho ou pior, faça uma oferta abaixo do que é o indicado", diz.

Sites para quem quer trabalhar pela internet:

A rotina dos vendedores de mate nas praias do Rio

BBC Brasil