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Falta trabalho para 27,4 milhões de pessoas; 4,7 milhões desistem de buscar

1.mai.2018 - Milhares de pessoas formam fila em torno do Engenhão, no Rio, em busca de emprego - José Lucena/Futura Press/Estadão Contedúdo
1.mai.2018 - Milhares de pessoas formam fila em torno do Engenhão, no Rio, em busca de emprego Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Contedúdo

Do UOL, em São Paulo

31/01/2019 14h00

Em 2018, faltou trabalho para 27,4 milhões de brasileiros, uma alta de 3,4% em relação a 2017. Isso inclui desempregados, pessoas que gostariam de trabalhar mais e aquelas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. Com isso, a chamada taxa de subutilização da força de trabalho atingiu o recorde de 24,4%. 

Outro recorde ruim do ano passado foi o de pessoas que desistiram de procurar trabalho: cerca de 4,7 milhões de brasileiros, oficialmente chamados de "desalentados". Em relação a 2017, o aumento foi de 13,4%. 

Esses dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua e foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Desemprego cai, informalidade sobe

De forma geral, o desemprego deu uma trégua no Brasil e fechou 2018 em queda, algo que não acontecia havia três anos. Em 2018, a taxa média de desocupação foi de 12,3%, queda de 0,4 ponto percentual em relação à de 2017 (12,7%). Essa queda, no entanto, não ocorreu porque foram criadas mais vagas com carteira assinada, mas porque um número recorde de pessoas recorreu ao trabalho informal. 

O ano passado terminou com 12,8 milhões de brasileiros desempregados, menos que os 13,2 milhões de 2017. Porém, em relação a 2014, melhor ano desde que a pesquisa começou a ser feita, o universo de desempregados praticamente dobrou --teve um salto de 90,3%.

Metodologia da pesquisa

A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério do Trabalho, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.

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