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Desemprego no país fica estável em 14,6% e atinge 14,8 milhões de pessoas

IBGE divulgou hoje dados da Pnad Contínua - iStock
IBGE divulgou hoje dados da Pnad Contínua Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

30/07/2021 09h09Atualizada em 30/07/2021 10h44

A taxa de desemprego no país foi de 14,6% no trimestre de março a maio, o que representa estabilidade em relação ao trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 (14,4%). Na comparação com o período de março a maio do ano passado, houve alta de 1,7 ponto percentual (12,9%).

A população desempregada (14,8 milhões de pessoas) se manteve estável ante o trimestre terminado em fevereiro (14,4 milhões de pessoas) e subiu 16,4% (mais 2,1 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de março a maio de 2020 (12,7 milhões de pessoas).

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador usa trimestres móveis, que não correspondem necessariamente ao primeiro, segundo, terceiro e quarto trimestres do ano.

A população ocupada (86,7 milhões de pessoas) cresceu 0,9% (mais 809 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior (dezembro a fevereiro) e ficou estável frente ao mesmo trimestre de 2020 (março a maio).

População subocupada é recorde

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (7,360 milhões de pessoas) foi recorde da série histórica iniciada em 2012, com altas de 6,8% (mais 469 mil pessoas) ante o trimestre móvel anterior e de 27,2% (mais 1,6 milhão de pessoas) na comparação anual.

A taxa composta de subutilização (29,3%) ficou estável frente ao trimestre móvel anterior (29,2%) e subiu 1,9 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2020 (27,5%).

A população subutilizada (32,9 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre móvel anterior (32,6 milhões de pessoas) e aumentou 8,5% (mais 2,6 milhões de subutilizados) em relação ao mesmo trimestre de 2020 (30,4 milhões de pessoas).

Informalidade chega a 40% da população ocupada

A taxa de informalidade foi de 40% da população ocupada, ou 34,7 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,6% e de 37,6% no mesmo trimestre de 2020.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,8 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 6,4% (mais 586 mil pessoas) frente a igual trimestre de 2020.

O número de trabalhadores por conta própria (24,4 milhões) subiu 3% frente ao trimestre móvel anterior (mais 720 mil pessoas) e 8,7% (mais 2,0 milhões de pessoas) na comparação anual.

O número de trabalhadores domésticos (5 milhões) ficou estável nas duas comparações.

Metodologia de pesquisa

A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério da Economia, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.