Saiba o que fazer para seu investimento não ser comido pela inflação
O investidor precisa ficar atento ao resultado da inflação para avaliar se suas aplicações estão corretas ou se precisa mudar suas aplicações para não perder dinheiro.
Em abril, a inflação medida pelo IPCA ( Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechou em 0,67% ante alta de 0,92% em março.
Apesar da desaceleração, uma inflação de 0,67% ao mês é capaz de corroer os rendimentos das aplicações, fazendo com que o investidor tenha mais trabalho para evitar perda de dinheiro.
E a má notícia é que a maioria dos investimentos perde ou empata com a inflação, informa o coordenador do Laboratório de Finanças do Insper, Michael Viriato. “Atualmente, são poucas as alternativas que protegem o investidor da inflação”, diz. “E se quiser ter alguma chance de superar isso, precisa investir com um prazo mais longo e com um risco maior.”
Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos em Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), diz que o investidor está numa encruzilhada. Ele pode decidir buscar uma rentabilidade acima da inflação, com risco de perder a rentabilidade e até parte do patrimônio.
Ou tomar a decisão de preservar o patrimônio, sacrificando parte da rentabilidade para a inflação.
Uma alternativa é manter parte do patrimônio em aplicações conservadoras e aplicar uma parcela em alternativas com maior risco, para tentar garantir um rendimento melhor. "Mas isso só tem sentido se a pessoa tem um patrimônio maior. Se tiver pouco dinheiro, é melhor não correr risco", diz Oliveira.
O professor do Insper afirma que as alternativas de curto prazo estão, no melhor dos casos, apenas recuperando o poder de compra do investidor. “Como a inflação está muito pressionada, o investidor precisa pensar num investimento de longo prazo.”
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