Renda fixa é aplicação mais indicada com juros em alta; poupança está ruim
Com as taxas de juros mais altas, taxa de desemprego no maior nível desde 2010 e inflação na casa dos 9,25% em 12 meses, quem tem dinheiro para investir deve ser extremamente conservador.
Para André Massaro, consultor e educador financeiro, e Paulo Figueiredo, diretor de operações da FN Capital, o Tesouro Direto é a aplicação do momento.
Ambos aconselham os papéis do Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, respectivamente. O Tesouro Selic segue a alta dos juros e o Tesouro IPCA+ protege contra a inflação.
Para Massaro, quem está na poupança deve sair e quem tem dívidas não deve pensar em investir. Deve pagar as dívidas primeiro, porque as taxas de juros estão altas e nenhuma aplicação rende o mesmo que os juros de uma dívida.
Poupança deve ser evitada
- Com alta dos juros, perde competitividade diante dos fundos de renda fixa, até mesmo daqueles que têm altas taxas de administração, acima de 1%
- Paga rendimento fixo de 0,5% ao mês mais TR. Por isso, não tira proveito da alta dos juros
- Até junho, a poupança rendeu menos que a inflação pelo sétimo mês consecutivo e foi a pior aplicação do ano
Tesouro Direto é aplicação do momento
- Tesouro Selic, que acompanha a alta dos juros, é aplicação mais recomendada
- Não sofre com a marcação a mercado, que altera o preço do papel diariamente para baixo ou para cima
- Tesouro IPCA+, que são títulos indexados à inflação, são a segunda aplicação mais indicada
- Recomendação é prestar atenção ao prazo de vencimento do papel. Quem tirar o dinheiro antes, pode perder rendimento por conta da marcação a mercado
Fundos: fique de olho nas taxas de administração
- Boas oportunidades em fundos de renda fixa que aplicam parte do dinheiro em títulos públicos e parte em títulos privados para tentar melhorar a rentabilidade
- Atenção para as taxas de administração. O ideal é que fiquem entre 0,5% e 1% ao ano, pois elas impactam diretamente na rentabilidade do fundo
LCAs e LCIs são isentas de IR
- São boas aplicações, mas estão cada vez mais raras. Retração do mercado imobiliário e possibilidade de tributação pelo governo são os motivos
- Opte pelos papéis que paguem a partir de 88% do CDI
CDBs: bancos menores pagam mais
- Melhor optar pelos pós-fixados, para acompanhar a alta dos juros
- Ideal é que a aplicação pague acima de 100% do CDI
- Bancos maiores costumam pagar entre 85% e 90% do CDI
- Para obter mais rentabilidade, procure bancos menores. Mas, para aceitar esse risco, é aconselhável limitar o valor do investimento a R$ 250 mil, atual garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Bolsa: há prós e contras
- Para Massaro, não é o melhor momento para investir em ações, pois e a economia está ruim e a Bolsa é pequena, sem muitas oportunidades de investimento
- Para Figueiredo, há empresas boas e bem geridas que estão com preços baixos: boas oportunidades no setor exportador, que ganha com a alta do dólar
- Desaconselha o investimento em empresas ligadas ao governo
Dólar: fundos cambiais são opção
- O investidor que quiser se beneficiar da alta do dólar pode optar pelo investimento em fundos cambiais
- Quem tem gastos já programados em dólar, como estudos ou viagens, também pode ir comprando a moeda aos poucos, para fazer um preço médio e não ficar preso à cotação de um único dia
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.