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Renda fixa é aplicação mais indicada com juros em alta; poupança está ruim

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Imagem: Arte UOL

Sophia Camargo

Do UOL, em São Paulo

29/07/2015 21h08Atualizada em 29/07/2015 21h08

Com as taxas de juros mais altas, taxa de desemprego no maior nível desde 2010 e inflação na casa dos 9,25% em 12 meses, quem tem dinheiro para investir deve ser extremamente conservador.

Para André Massaro, consultor e educador financeiro, e Paulo Figueiredo, diretor de operações da FN Capital, o Tesouro Direto é a aplicação do momento.

Ambos aconselham os papéis do Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, respectivamente. O Tesouro Selic segue a alta dos juros e o Tesouro IPCA+ protege contra a inflação.

Para Massaro, quem está na poupança deve sair e quem tem dívidas não deve pensar em investir. Deve pagar as dívidas primeiro, porque as taxas de juros estão altas e nenhuma aplicação rende o mesmo que os juros de uma dívida.

Poupança deve ser evitada
Poupança - Shutterstock - Shutterstock
Imagem: Shutterstock

Tesouro Direto é aplicação do momento
simbolo do tesouro nacional - Alan Marques/Folhapress - Alan Marques/Folhapress
Imagem: Alan Marques/Folhapress

  • Tesouro Selic, que acompanha a alta dos juros, é aplicação mais recomendada
  • Não sofre com a marcação a mercado, que altera o preço do papel diariamente para baixo ou para cima
  • Tesouro IPCA+, que são títulos indexados à inflação, são a segunda aplicação mais indicada
  • Recomendação é prestar atenção ao prazo de vencimento do papel. Quem tirar o dinheiro antes, pode perder rendimento por conta da marcação a mercado

Fundos: fique de olho nas taxas de administração
chamadas investimento - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

  • Boas oportunidades em fundos de renda fixa que aplicam parte do dinheiro em títulos públicos e parte em títulos privados para tentar melhorar a rentabilidade
  • Atenção para as taxas de administração. O ideal é que fiquem entre 0,5% e 1% ao ano, pois elas impactam diretamente na rentabilidade do fundo

LCAs e LCIs são isentas de IR
aluguel imóvel casa poupança - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

  • São boas aplicações, mas estão cada vez mais raras. Retração do mercado imobiliário e possibilidade de tributação pelo governo são os motivos
  • Opte pelos papéis que paguem a partir de 88% do CDI

CDBs: bancos menores pagam mais
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  • Melhor optar pelos pós-fixados, para acompanhar a alta dos juros
  • Ideal é que a aplicação pague acima de 100% do CDI
  • Bancos maiores costumam pagar entre 85% e 90% do CDI
  • Para obter mais rentabilidade, procure bancos menores. Mas, para aceitar esse risco, é aconselhável limitar o valor do investimento a R$ 250 mil, atual garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC)

Bolsa: há prós e contras
Bovespa - Shin Shikuma/UOL - Shin Shikuma/UOL
Imagem: Shin Shikuma/UOL

  • Para Massaro, não é o melhor momento para investir em ações, pois e a economia está ruim e a Bolsa é pequena, sem muitas oportunidades de investimento
  • Para Figueiredo, há empresas boas e bem geridas que estão com preços baixos: boas oportunidades no setor exportador, que ganha com a alta do dólar
  • Desaconselha o investimento em empresas ligadas ao governo

Dólar: fundos cambiais são opção
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  • O investidor que quiser se beneficiar da alta do dólar pode optar pelo investimento em fundos cambiais
  • Quem tem gastos já programados em dólar, como estudos ou viagens, também pode ir comprando a moeda aos poucos, para fazer um preço médio e não ficar preso à cotação de um único dia