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Alta taxa de juros torna renda fixa atraente e afugenta investidor do risco

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Sophia Camargo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/11/2015 19h56Atualizada em 20/01/2016 14h33

Os juros altos tornam os investimentos em renda fixa extremamente atraentes e afugentam os investidores do risco, avaliam especialistas.

"O cenário conturbado não estimula o investidor a sair da renda fixa", diz Ulisses Nehmi, diretor da Sparta Fundos de Investimento. 

"Um investimento em renda fixa paga 14% ao ano, tirando os impostos. O investidor precisa ter muito apetite a risco para sair da renda fixa nesse momento", diz Vitor Miziara, sócio da Criteria Investimentos. Para ele, os melhores investimentos são Tesouro Direto Selic, IPCA +, LCIs e LCAs.

Poupança segue opção ruim. Veja mais dicas dos especialistas:

Poupança está perdendo da inflação

Poupança - Shutterstock - Shutterstock
Imagem: Shutterstock

  • Paga rendimento fixo de 0,5% ao mês mais TR. Por isso, não tira proveito da alta dos juros e ainda está perdendo da inflação
  • Aplicação só é melhor do que manter o dinheiro na conta-corrente; perde para todos os demais investimentos em renda fixa

Tesouro Direto é aplicação do momento

simbolo do tesouro nacional - Alan Marques/Folhapress - Alan Marques/Folhapress
Imagem: Alan Marques/Folhapress

  • Tesouro Selic, que acompanha a alta dos juros, é aplicação mais recomendada
  • Não sofre com a marcação a mercado, que altera o preço do papel diariamente para baixo ou para cima
  • Como sempre tem uma rentabilidade positiva, é indicado para o dinheiro de mais curto prazo
  • Tesouro IPCA+, indexados à inflação, é opção para se proteger do custo de vida e garantir juro prefixado
  • Tesouro Prefixado, cuja rentabilidade já é conhecida do investidor no momento da compra, é opção para diversificar
  • No Tesouro IPCA e Prefixado, preste atenção ao prazo de vencimento. Quem tirar o dinheiro antes pode perder rendimento

LCAs e LCIs são isentas de IR

aluguel imóvel casa poupança - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

  • A maior vantagem é a isenção de IR
  • Desvantagem: manutenção do dinheiro aplicado por um período (em geral, três meses)
  • Está difícil encontrar papéis para aplicar, por causa da retração do mercado imobiliário e possibilidade de tributação
  • Recomendação é investir em papéis que paguem pelo menos 95% do CDI
  • Tem garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), dentro dos limites estabelecidos

CDBs: bancos menores pagam mais

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  • Melhor optar pelos pós-fixados, para acompanhar a alta dos juros
  • Ideal é que a aplicação pague acima de 105% do CDI; há bancos menores que pagam 109% do CDI com liquidez diária
  • Bancos maiores costumam pagar entre 85% e 90% do CDI; nesse caso, rendimento é inferior ao do Tesouro Direto
  • Para obter mais rentabilidade, procure bancos menores. Para aceitar esse risco, é aconselhável limitar o valor do investimento a R$ 250 mil, atual garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC)

Bolsa: investimento de longo prazo

Bovespa - Shin Shikuma/UOL - Shin Shikuma/UOL
Imagem: Shin Shikuma/UOL

  • Para quem não conhece o mercado, não é hora de entrar, pois cenário é de instabilidade
  • Para quem quer investir no longo prazo, para além de 2017, especialistas dizem que há empresas baratas e com bons fundamentos
  • Para quem não tem nenhum conhecimento, melhor começar investir em fundos

Dólar: só compre se tiver despesas na moeda

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  • Quem tem gastos já programados em dólar, como estudos ou viagens, pode ir comprando a moeda aos poucos, para fazer um preço médio
  • Se a viagem estiver próxima, terá de comprar de uma vez para não correr riscos
  • Para quem quer investir, há opções como fundos cambiais e fundos nacionais que aplicam na moeda estrangeira