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É fiador? Empresta a parentes? Best seller mostra 10 erros que sujam o nome

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Sophia Camargo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/07/2016 06h00

Nada é mais importante na vida financeira do que o crédito. A afirmação é do guru das finanças pessoais, Gustavo Cerbasi, autor de diversos livros sobre o assunto.

Para preservar o crédito, evite cometer erros corriqueiros, como ser fiador ou emprestar a parentes. Isso pode sujar seu nome e fazer você empobrecer.

“O crédito é o aspecto mais importante das finanças porque, mesmo que perca todo o meu patrimônio, se tiver crédito, posso começar um negócio novo, financiar uma casa, consigo reiniciar minha vida”, afirma em entrevista ao UOL.

No livro “Como organizar sua vida financeira”, Cerbasi diz que quanto mais bem avaliado o crédito, mais limite a pessoa tem no cheque especial, no cartão de crédito, mais baratos são os juros que paga, mais descontos tem e menos tarifas. O segredo é saber usar.

“O próprio candidato a presidente dos Estados Unidos Donald Trump é um exemplo. Em uma entrevista, ele disse que já que foi bilionário duas vezes antes de ser bilionário de novo, ou seja, ele já faliu duas vezes; mas, como teve crédito, conseguiu se reerguer”, diz.

Veja, a seguir, 10 erros que ninguém deve cometer quando se trata de crédito:

1) Emprestar o nome
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É um erro grave. Se um banco, especializado em avaliar as condições financeiras de alguém, negou o crédito, isso significa que há grande risco de calote. Ao emprestar o nome para alguém assim, é muito provável que você terá problemas

2) Ser fiador
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Se o inquilino não pagar o aluguel, o fiador pode perder sua própria casa, mesmo que seja seu único imóvel. “Pelo bem dos seus relacionamentos, recuse”, diz Cerbasi. A alternativa à fiança são os seguros-fiança, que são mais caros,  mas preservam as relações

3) Emprestar dinheiro a parentes e amigos
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O especialista afirma que em 100% dos casos que acompanhou a boa intenção se converteu em arrependimento. É melhor sugerir alternativas de crédito à pessoa, doar o seu tempo para ajudá-la a conseguir um emprego ou até mesmo doar o dinheiro a ela, sem expectativa de recuperação

4) Tomar empréstimo por impulso
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Não tome dinheiro emprestado sem antes fazer as contas, analisar seu orçamento e traçar um plano para conseguir pagar o compromisso assumido. Se o seu gerente aumentou seu limite ou ofereceu crédito, não saia gastando. Agradeça, peça um ou dois dias para decidir se aceita e vá para casa fazer as contas

5) Não pesquisar taxas
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Antes de decidir a compra de um carro, por exemplo, o consumidor normalmente faz muita pesquisa. Mas, na hora de tomar o crédito para financiar, acaba fazendo na mesma loja, sem pesquisar por outras alternativas. “Nenhum fator pesa mais no preço final de um carro do que os juros do financiamento”, diz Cerbasi. Ele dá o exemplo. Se um carro custa R$ 40 mil e for financiado por uma taxa de 1,8% ao mês em três anos, ele irá custar R$ 54,7 mil divididos em 36 parcelas. Se o mesmo financiamento for feito a uma taxa de 2,5% ao mês, o desembolso total será de R$ 61,6 mil

6) Não ler contratos
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Mesmo após pesquisar as melhores condições de financiamento, é preciso ler as cláusulas do contrato. Dê atenção especial aos casos de atraso ou desistência. Em geral, operações de crédito com condições abaixo do mercado embutem armadilhas relacionadas ao fator de correção das parcelas e custos adicionais para disfarçar a taxa de juros menor. Não tenha pressa de assinar nada e peça ajuda para entender o contrato

7) Usar o cheque especial
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A maioria das pessoas vê o limite do cheque especial como uma vantagem oferecida pelo banco, mas Cerbasi o vê como uma armadilha. “Esse limite deveria ser tão especial que, no dia da nossa morte, deveríamos ser capazes de contar nos dedos de uma mão o número de vezes que o utilizamos”, diz. O motivo é que é um crédito muito caro. Se perceber que não terá dinheiro na conta, é melhor se adiantar e pedir um empréstimo ao gerente

8) Usar o rotativo do cartão de crédito
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Por ter a taxa de juros mais alta do mercado, não deve ser usado. Se perceber que não vai ser capaz de pagar o valor total da fatura no vencimento, solicite um empréstimo no valor necessário para quitar a dívida. Segundo cálculos de Miguel Ribeiro de Oliveira, da Anefac, associação de executivos de finanças, uma dívida de R$ 5.000 pode virar mais de R$ 27 mil em um ano

9) Acumular dívidas
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Permitir a acumulação de dívidas nas alternativas mais caras do mercado é assinar um contrato antecipado da sua ruína financeira, afirma Cerbasi. Se estiver prestes a atrasar ou se a dívida só estiver um pouco atrasada, entre em contato com o credor e veja se ele oferece alguma alternativa. Se for preciso, tome um empréstimo com juros menores. Se os custos do empréstimo agravarem o problema, desista e pense em algo que possa ser vendido rapidamente para fazer caixa, mas resolva a situação

10) Esperar caducar uma dívida
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Muitos esperam cinco anos acreditando que a dívida vai caducar. Pelo Código de Defesa do Consumidor, depois de cinco anos, o nome do devedor não pode mais aparecer nos cadastros de inadimplência, mas se o credor tomou alguma medida para cobrar o crédito na Justiça, a dívida vai continuar existindo, com risco de perder os bens