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Estas dicas vão ajudar um casal a não brigar mais por causa de dinheiro

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Sophia Camargo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/05/2017 04h00

Brigar por causa de dinheiro é motivo comum de separação entre os casais. Segundo o advogado especializado em Direito de Família, Antônio Ivo Aidar, da BRTA Advogados, cerca de 80% dos divórcios que realizou, mais de 5.000 ao longo de 36 anos de carreira, tiveram como motivo as brigas por dinheiro.

O planejador financeiro Ricardo Fiorelli, da consultoria Finanças para Dois, recebe diariamente pedidos de ajuda de casais. “O principal problema é a falta de diálogo. Um pode ser mais propenso a gastar, o outro a economizar.”

Para Mauro Calil, especialista em investimentos do Banco Ourinvest, os casais se alienam e um não sabe no que o outro gasta. 

Calil sugere algumas maneiras de se ajustar, dependendo da situação. Se o casal tem renda parecida, pode dividir meio a meio os compromissos.

Se um dos cônjuges ganha bem mais que o outro, a contribuição pode ser proporcional à renda. Se a renda conjunta é de R$ 10 mil mas um ganha R$ 8.000 e o outro R$ 2.000, um contribui com o pagamento das despesas na proporção de 80% e o outro 20%. 

Se a diferença não for tão grande, os cônjuges podem poupar uma das partes para crescer o patrimônio. Por exemplo, se um recebe R$ 8.000 e o outro R$ 6.000, a sugestão do especialista é deixar a renda menor numa conta conjunta e ambos devem decidir o que fazer com a gestão desse dinheiro. “Vão viver com um padrão menor, mas vão alavancar o crescimento do patrimônio”, diz Calil.

Em todos os casos, o fundamental é a transparência das contas. Veja, a seguir, algumas dicas de Calil, Fiorelli e também dos educadores financeiros Dora Ramos, diretora da Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial e José Vignoli, do SPC Brasil, para evitar as brigas por dinheiro:

1) Faça o orçamento doméstico
Enxugue o orçamento - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

O casal precisa saber tudo o que recebe e tudo o que gasta. Coloque tudo na ponta do lápis, ou escolha uma planilha ou aplicativo para anotar todas as despesas e receitas. O ideal é fazer um retrospecto de três meses de despesas e, depois disso, fazer a anotação de tudo o que gasta durante um mês. Feito isso, decidam o destino do dinheiro.

2) Não esconda nada do parceiro
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Nada de esconder onde gasta. Vignoli diz que uma mulher lhe confidenciou que escondia as compras de sapatos em sacolas de mercado, para que a família não desconfiasse que ela estava comprando demais, enquanto um homem chegou a esconder o carro que comprou na casa de outro amigo, para que a mulher não soubesse da compra. “Isso tem o potencial de arruinar a vida financeira do casal”, diz.

3) Poupe sempre
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Não ter uma reserva para imprevistos pode ser a receita para a ruína financeira. O ideal é juntar no mínimo seis meses da renda familiar para em uma aplicação fácil de sacar, como poupança ou Tesouro Selic, para casos de emergência como desemprego ou despesas inesperadas.

4) Não viva fora da sua realidade
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Querer aparecer para o outro é um erro comum no começo de um relacionamento, afirma Vignoli. O ideal é já deixar claro para o par quais são suas reais possibilidades financeiras e viver dentro desse orçamento. Mesmo se o casal está casado e sofre uma queda na renda, como desemprego, é importante informar ao outro e a toda a família para que se adaptem à situação.

5) Conta conjunta ou separada?
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Tanto faz, dizem os especialistas. O importante é que o casal converse sobre as contas e não esconda gastos um do outro para não ter surpresas desagradáveis.

6) Tenham uma mesada separada
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Depois de separar o dinheiro para pagar as contas e poupar, é saudável que o casal tenha um dinheiro livre para uso pessoal no orçamento. Isso evita que o casal comece a esconder o uso do dinheiro.

7) Divisão dos bens
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Mesmo que ninguém se case pensando em separar, é importante decidir como será a divisão dos bens no caso de divórcio ou fim da união estável. "Morar junto pode ser até pior que casar em termos de divisão do patrimônio, caso ninguém pense nisso com antecedência", diz Vignoli.

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