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BBB 21: Como Juliette pode ganhar dinheiro com o Instagram?

Juliette, do BBB 21, tem 22 milhões de seguidores no Instagram, e isso pode render muito dinheiro - Reprodução/Instagram
Juliette, do BBB 21, tem 22 milhões de seguidores no Instagram, e isso pode render muito dinheiro Imagem: Reprodução/Instagram

Matheus Adami

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/05/2021 04h00

A advogada e maquiadora Juliette Freire, 31, é um dos destaques da atual edição do Big Brother Brasil, reality show da Globo. Ela era uma anônima antes do início do programa, em 25 de janeiro. Hoje, apenas na conta pessoal no Instagram, tem 22 milhões de seguidores. Além disso, também tem uma conta profissional com 1,1 milhão de seguidores.

Mesmo que não seja campeã do BBB, Juliette terá, caso queira, um caminho para faturar nas redes sociais. Além de publiposts (notas patrocinadas por empresas), a maquiadora pode vender stories e fazer lives patrocinadas na rede.

Ela pode fazer até mesmo campanhas de TV cruzadas com estratégias digitais. Tudo vai depender da estratégia que as marcas que a contratarem vão querer seguir.
Thays Almendra, CEO da Digital Social

Segundo Felipe Oliva, fundador e CEO da agência de marketing de influência Squid, com o Instagram, Juliette pode fazer mais do que posts.

Ela vai poder fazer outras coisas. Criar produtos, linhas com empresas de cosméticos, por exemplo. Imagine uma linha de esmaltes, de coisas de cabelo. Com certeza as marcas vão cair babando.
Felipe Oliva

Quanto vale o show?

Profissionais consultados pelo UOL afirmam que não existe uma tabela de preços de serviços de influenciadores digitais. Mas é possível ter uma ideia.

Hoje o mercado o julga muito pelo número de seguidores que você tem.
Damaris Lago, CEO da AtitudeCom/Breezy, agência de PR e marketing de influência

Ela explica que, até 100 mil seguidores, o influenciador pode cobrar em torno de R$ 2.500 por um post ou stories, no Instagram, ou mesmo por um vídeo no YouTube.

Até 500 mil seguidores, é possível cobrar de R$ 5.000 a R$ 6 mil. De 900 mil até 1 milhão de seguidores, o valor sobe para R$ 15 mil. "As celebridades com 10 milhões de seguidores vão cobrar até R$ 100 mil", afirma Damaris.

R$ 1 milhão por 10 posts?

Se essa conta funcionasse sempre, Juliette poderia ganhar R$ 1 milhão com apenas 10 posts patrocinados (cada um por R$ 100 mil). Isso já são dois terços do prêmio de R$ 1,5 milhão do BBB.

Mas, segundo Oliva, a conta não é tão simples assim, e número de seguidores nem sempre é decisivo.

É a lei de oferta e demanda. Varia muito. Se a Juliette tiver 10 empresas a procurando, naturalmente o ativo fica mais caro. Na saída do BBB, o passe dela deve ser muito alto e talvez nem todos joguem esse jogo. Daqui a 6 meses talvez esteja num outro nível, mesmo com o número de seguidores grande e aumentando.
Felipe Oliva

Para Thays Almendra, cada influenciador tem sua precificação.

Normalmente, o que eu indico a um influenciador ou artista é que ele entenda seus gastos fixos para fazer determinado conteúdo, o seu alcance e engajamento; além dos gastos que ele teve para conquistar tudo isso.
Thays Almendra

Poder dos números

Para se ter uma ideia do poder de Juliette nas redes, basta comparar o perfil da advogada com os de colegas de confinamento.

O cantor Fiuk tem 3,5 milhões de seguidores no Instagram. Rodolffo, cantor sertanejo que faz dupla com Israel e que foi eliminado do programa em 6 de abril, contabiliza 7,8 milhões na mesma rede.

Juliette vai sair com inúmeras oportunidades incríveis. Obviamente ela vai ter de escolher as marcas, mas o mais importante é que ela não perca o que a fez chegar até ali. A forma como os adms cuidaram da rede foi divertida, humanizada. Quando ela sair, vai ter de encontrar uma marca que se insira nesse contexto. O problema de fazer algo remunerado é perder essa essência.
Felipe Oliva

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Uma versão anterior deste texto informava incorretamente, no penúltimo parágrafo, que o participante Rodolffo foi eliminado do Big Brother Brasil 21 em 7 de janeiro. Na verdade, ele saiu em 6 de abril. A informação foi corrigida.