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Recessão, dólar, desemprego, inflação, luz: relembre o que piorou em 2015

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Do UOL, em São Paulo

21/12/2015 06h00

Apesar de já estar sentindo os efeitos da crise econômica desde 2014, o brasileiro viu seus problemas se agravarem em 2015. Seja por causa do aumento do desemprego, da inflação ou da conta de luz, o povo viu seu dinheiro diminuir, ou perder valor.

Medidas do governo, como o ajuste fiscal, ainda não tiveram reflexo no dia a dia da população, e analistas acreditam que isso não deva acontecer nem em 2016.

Veja o que piorou na economia no ano que passou

  • País entra em recessão

    Em 2015 o país voltou a entrar em recessão técnica. O PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todas as riquezas produzidas, encolheu 0,2% no primeiro trimestre, 1,9% no segundo e 1,7% no terceiro. Quando há dois trimestres seguidos de queda, o país entra em recessão técnica. No acumulado dos três primeiros trimestres de 2015, o PIB recuou 3,2% em relação a 2014. Foi a maior queda desde 1996. A estimativa do governo é de que o PIB encolha 3,1% em 2015. Esse resultado do ano fechado só sai em março. Leia mais

  • Sem trabalho

    Depois de anos caindo, o desemprego passou a aumentar em 2015, chegando a 7,5% em novembro, o maior para o mês desde 2008. A Pnad contínua, pesquisa mais ampla do IBGE, que registra resultados trimestrais, mostra que o desemprego foi de 8,9% no terceiro trimestre deste ano. O IBGE estimou 9 milhões de desempregados até o terceiro trimestre. Segundo o Ministério do Trabalho, o país cortou 945.363 vagas de emprego com carteira até novembro. Leia mais

  • Viagens mais difíceis

    O dólar começou 2015 valendo R$ 2,659. Durante o ano, passou de R$ 4, primeira vez que aconteceu isso desde o Plano Real, em 1994. Isso aconteceu em 22 de setembro. No dia seguinte, ele chegaria ao maior valor no ano: R$ 4,146. No ano, a moeda variou 61,29%. O menor valor, R$ 2,57, foi registrado em 27 de janeiro. Esse valor se refere ao dólar comercial, usado pelo governo e por empresas. Nas casas de câmbio, onde as pessoas comuns compram a moeda, a cotação é maior. As viagens ao exterior e a compra de importados ficam prejudicados Leia mais

  • Custo de vida dispara

    No acumulado do ano, até novembro, a inflação chegou a 9,62%, a maior para o período desde 2002. Durante 2015, de janeiro a novembro, a inflação acumulada em 12 meses esteve acima da meta estipulada pelo governo, que é de 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%. A previsão do governo é que a alta dos preços no ano chegue a 9,99%. Leia mais

  • Prestação e empréstimo caros

    O Banco Central subiu a taxa básica de juros (Selic) em cinco oportunidades ao longo de 2015, chegando aos atuais 14,25% ao ano. São os maiores juros em nove anos, desde agosto de 2006, quando a taxa estava no mesmo patamar. Juros altos são usados para controlar a inflação, mas dificultam o crescimento, principalmente num momento de crise e desemprego que o país enfrenta. Na primeira reunião, em janeiro, a taxa passou de 11,75% para 12,25%. Depois, foram quatro altas na sequência. Em julho, chegou a 14,25%, nível que foi mantido. Leia mais

  • Energia pesa no bolso

    O ano marcou a entrada em vigor do sistema de bandeiras tarifárias, uma taxa adicional. Todo mês, na conta de luz, passou a vir marcado qual bandeira estava valendo: verde, amarela ou vermelha. Se as distribuidoras têm de usar energia de usinas termelétricas, que é mais cara, há uma cobrança adicional, sinalizada pelas cores amarela e vermelha. Se não há custos adicionais, a bandeira é verde. No ano, porém, todos os meses tiveram bandeira vermelha, que é a que representa o maior aumento. A conta de luz subiu 50,49% em média no ano, até novembro, segundo o IPCA.