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Veja os fundos imobiliários que podem render mais dinheiro com a inflação

18/11/2022 04h00

Ao menos 38 fundos de investimento imobiliário (FIIs) devem aumentar os rendimentos pagos aos investidores por conta da volta da inflação no país.

De julho a setembro, o principal índice de preços da economia brasileira, o IPCA, teve uma trajetória de queda. Com isso, diversos FIIs reduziram a distribuição de proventos.

Veja quais são os FIIs que agora tendem a seguir o caminho inverso, elevando os valores pagos aos investidores.

Os fundos que devem aumentar o rendimento

Os FIIs que tendem a aumentar os valores distribuídos aos cotistas são os chamados "fundos de papel". Esses fundos têm no seu portfólio não imóveis físicos, mas sim contratos de recebíveis imobiliários.

Quando você investe em um desses FIIs, torna-se credor de pessoas ou organizações que têm dívidas relacionadas a imóveis. Você passa a receber, por exemplo, o pagamento das parcelas de quem financiou a compra de uma propriedade.

Como essas parcelas muitas vezes são reajustadas pela inflação, quanto maior é a inflação, mais os cotistas desses fundos tendem a receber em proventos. Por outro lado, em tempos de deflação, o rendimento desse tipo de FII cai muito, como ocorreu nos últimos meses.

Entre os FIIs mais negociados do país (que movimentam acima de R$ 500 mil por dia na Bolsa), ao menos 38 são do tipo de papel e tendem a sofrer impacto positivo com o aumento da inflação, ao menos a curto prazo.

Veja abaixo quais são esses fundos, pelo código de negociação deles na Bolsa.

VSLH11
IRDM11
KNIP11
CPTS11
KNSC11
CVBI11
XPCI11
BTCR11
RBRR11
KNHY11
VGIR11
VCJR11
FEXC11
CCRF11
MCCI11
HGCR11
SADI11
KNCR11
MXRF11
LSPA11

Riscos

Devo lembrar que os fundos imobiliários são ativos de risco médio ou alto. Não há nenhuma garantia de que eles vão, necessariamente, aumentar os rendimentos. Afinal, a inflação não é o único fator que influencia no pagamento de proventos.

Por conta disso, é possível que algum fundo, mesmo sendo beneficiado pela volta da inflação, não consiga elevar o valor dos proventos. Não é comum, mas pode acontecer.

A longo prazo, inflação alta pode ser ruim

Outro ponto a se observar é que, se a inflação permanecer alta por muito tempo, o efeito sobre o rendimento dos fundos de papel pode ser prejudicial.

Os devedores terão que pagar parcelas cada vez mais altas nos seus empréstimos, o que aumenta o risco de eles ficarem inadimplentes. Quanto mais calotes o fundo levar, menos proventos conseguirá distribuir aos investidores.

A volta da inflação é uma boa notícia para os cotistas dos fundos de papel, desde que ela se mantenha em níveis, se não baixos, ao menos controlados.

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