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ANÁLISE

Oi e Cyrela: duas ações que podem se valorizar e que merecem atenção

Oi: com novo leilão, a companhia deve finalmente sair da recuperação judicial iniciada em 2016 - Divulgação
Oi: com novo leilão, a companhia deve finalmente sair da recuperação judicial iniciada em 2016 Imagem: Divulgação

Felipe Bevilacqua

13/04/2021 08h38

Hoje, analiso como o mais recente passo da Oi (OIBR3) para concluir a recuperação judicial pode destravar valor para os acionistas. Analiso também os impactos dos bons números da prévia operacional do primeiro trimestre da construtora Cyrela (CYRE3).

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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Belivacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.

Oi - Acordo de R$ 12,9 bilhões com o BTG Pactual

Pouco antes da abertura do mercado ontem (12), a Oi (OIBR3/OIBR4) anunciou acordo para que o fundo FIP Economia Real tenha preferência no leilão dos ativos de fibra ótica pertencentes a SPE InfraCo. O fundo é gerido pelo BTG Pactual (BPAC11) e pela Globenet Cabos Submarinos, operadora de telefonia de atacado pertencente ao BTG.

O FIP pagará R$ 11,4 bilhões por 51% da companhia. A Globenet Cabos Submarinos, com ativos avaliados em R$ 1,52 bilhões, adicionará 6,8% do capital votante, garantindo o controle da companhia ao BTG, com 57,9%, por uma oferta total de R$ 12,9 bilhões.

O banco garantiu no acordo a opção de cobrir ofertas superiores à dele pelo montante adicional de 1%. Pela complexidade do plano de negócios e por esse direito concedido ao BTG, não são esperadas propostas concorrentes no leilão.

A empresa resultante terá a maior rede neutra das Américas, com aproximadamente 400 mil quilômetros de fibra e mais de 5 milhões de domicílios aptos a serem conectados. Adicionalmente, a companhia terá os 23,5 mil quilômetros de cabos submarinos da Globenet conectando a rede com os Estados Unidos.

No pregão de ontem, as ações da companhia chegaram a subir 3%, mas fecharam em queda de 4,1% (OIBR3) e de 2,9% (OIBR4). Além da alta volatilidade normal da Oi, a queda se deve em parte aos termos do acordo. O mercado não esperava que a companhia cedesse mais de 51%.

A Oi encerrou 2020 com dívida líquida de R$ 21,8 bilhões. Considerando os leilões já encerrados dos ativos de data center e telefonia móvel, e a oferta pelos ativos de fibra ótica, a companhia deve finalmente sair da recuperação judicial iniciada em 2016.

Cyrela - Bons números na prévia do primeiro trimestre

A Cyrela divulgou ontem (12), após fechamento do mercado, sua prévia operacional do primeiro trimestre do ano. Os resultados vieram sólidos, com aumento de vendas contratadas na comparação anual, apesar do recuo em lançamentos, causado pelo agravamento da pandemia.

A companhia lançou seis empreendimentos no primeiro trimestre deste ano, ante os 14 lançados no mesmo período em 2020. O Valor Geral de Venda (VGV) desses lançamentos apresentou contração de 55% na comparação anual (R$ 378,9 milhões no trimestre). Desse total, 73% representam empreendimentos de alto padrão, 12% de médio padrão e 15% do programa Casa Verde Amarela, antigo programa Minha Casa Minha Vida.

As vendas líquidas contratadas da companhia registraram alta de 32,4% no ano contra ano, totalizando R$ 907,3 milhões no primeiro trimestre de 2021.

Apesar dos reflexos da pandemia observados no início de 2021, os resultados reportados são bons, com aumento de vendas líquidas contratadas. Esperamos um impacto levemente positivo no preço das ações (CYRE3) para o curto prazo.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.