IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Investimentos

Investimento Ao Vivo

Analistas da Levante contam tudo sobre o mercado no Investimento Ao Vivo, que acontece quinzenalmente, às terças.


ANÁLISE

O que está acontecendo com a Bolsa? É hora de vender ou de comprar?

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/08/2021 04h00Atualizada em 17/12/2021 15h09

A Bolsa de Valores brasileira tem registrado quedas nas últimas semanas. Com este cenário, o investidor pode estar se perguntando se é hora de comprar ou de vender ações. O assunto foi abordado nesta terça-feira (24) no Investimento Ao Vivo, programa do UOL feito em parceria com a casa de análise Levante Ideias de Investimento.

O economista Rafael Bevilacqua e a especialista em investimento Julia Reis analisaram o cenário macroeconômico que, segundo eles, está influenciando bastante o desempenho da Bolsa. O mercado chama isso de "tempestade perfeita", ou seja, a conjunção de fatores internos e externos que traz negatividade aos mercados. Veja abaixo se, em meio a essa tempestade, o que você faz com suas ações, e assista ao programa completo.

O programa Investimento Ao Vivo é transmitido quinzenalmente na página inicial do UOL, e na página de Investimentos, mas fica disponível para consulta. O vídeo é exclusivo para assinantes.

'Boca de jacaré'

O analista Rafael Bevilacqua elencou alguns pontos que estão impactando o mercado financeiro. Entre os fatores externos, estão a inflação norte-americana e os dados econômicos dos EUA e da China —que vieram um pouco abaixo do esperado.

"A gente teve certo mau humor lá fora. Mas quando se olha para a performance das ações, os índices, a gente vê que a nossa Bolsa ficou muito aquém do que está acontecendo lá fora", declarou.

Segundo ele, a Bolsa brasileira tem uma relação com as outras Bolsas, sejam as Bolsas norte-americanas, sejam as Bolsas de países emergentes como México, Rússia e Índia.

"Ao longo de 2021, esses ativos tiveram em média uma alta de 17%. Mas nas últimas semanas, com um desempenho negativo, a Bolsa brasileira começou a se descolar das demais, formando o que chamamos de 'boca de jacaré' [analogia ao formato no gráfico formado pelos índices das Bolsas dos emergentes e da brasileira]", disse.

Falha de mercado

Segundo Rafael Bevilacqua, esse descolamento do Brasil é fruto muito mais uma "falha de mercado" do que uma mudança estrutural no país.

"Isso sempre acontece e abre uma oportunidade. O investidor precisa se questionar se esse descolamento faz sentido e perguntar: estruturalmente o Brasil mudou?", disse.

Julia Reis apontou alguns fatores internos, como questões políticas, inflação elevada e juros altos, que podem também afetar o mercado.

"Tudo isso acaba influenciando o mercado. A gente já previa esse movimento, e isso já estava nos preços dos ativos. Por isso, não faz sentido alguns desses ativos estarem com os preços tão pressionados", afirmou ela.

Inflação alta 'estressou' o mercado

Para Rafael Bevilacqua, a inflação em alta é um dos fatores que estressaram o mercado financeiro brasileiro.

"Dos fatores que derrubaram a Bolsa brasileira, a inflação em alta é um dos principais", afirmou. A inflação acumula alta de 9,3% nos últimos 12 meses.

Os analistas disseram que esse movimento de alta da inflação não é um problema apenas do Brasil. Outros países pelo mundo, como os EUA e a Rússia, têm registrado uma aceleração da inflação. "No Brasil, apesar de alta, a inflação está sob controle", declarou Rafael Bevilacqua.

A retomada da economia é um fator que devemos ressaltar, disse Julia Reis.

"No segundo trimestre deste ano, as empresas já apresentaram resultados bons, alguns deles acima do esperado, e a tendência é que isso continue com a reabertura comercial", disse.

Para Rafael Bevilacqua, tudo isso [retomada econômica e crescimento das empresas] é positivo para quem está investindo na Bolsa.

"Esse é um fator importante que o investidor deve considerar, além de saber separar o que, de fato, vai impactar seus investimentos", disse.

Julia Reis disse que o importante é "não acompanhar o movimento de manada". "Não é porque está caindo que a empresa perdeu o valor, e o investidor deve vender suas ações. Não é assim que funciona o mercado acionário. É preciso ter calma e cautela nesses momentos de muito barulho [no mercado] e entender se as quedas fazem sentido", afirmou.

É hora de vender ou de comprar?

Julia Reis disse que esses momentos de estresse no mercado geram oportunidades de compra. E essas oportunidades estão dentro das recomendações da Levante nas carteiras do UOL.

"É uma oportunidade de investimento, de comprar ativos 'baratos'. É preciso se atentar, pois não é qualquer ação que cai que está barata. Conte com a ajuda de especialistas para encontrar os ativos certos, de valor, que têm potencial de valorização", declarou.

Queremos falar com você

Fique atento às notificações do seu email, pois caso haja alguma modificação na sua carteira, você será avisado.

Acompanhe também os boletins diários preparados por Felipe Bevilacqua, com análises do cenário macroeconômico e do noticiário corporativo. Você recebe esse boletim todos os dias, antes da abertura do mercado, para começar o dia com as informações das quais precisa. Ainda não recebe os emails? Se inscreva aqui na newsletter de investimentos do UOL.

Tem alguma dúvida sobre algum investimento? Pode enviar para o Felipe: duvidasparceiro@uol.com.br

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.