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ANÁLISE

Magalu lança marca de moda e Locaweb compra startup: veja impacto nas ações

Campanha de lançamento do "Mundo Moda", do Magazine Luiza - Divulgação
Campanha de lançamento do "Mundo Moda", do Magazine Luiza Imagem: Divulgação

Felipe Bevilacqua

06/10/2021 09h25

Hoje vamos comentar sobre a entrada do Magazine Luiza (MGLU3) em um novo mercado de atuação e sobre mais uma aquisição da Locaweb (LWSA3)

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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.

Magazine Luiza entra no mercado de moda com marca própria

O Magazine Luiza (MGLU3) vai entrar com força no mundo da moda, desta vez com uma marca e estratégia de marketing próprias para a área. Para tanto, a companhia já contratou 3 "embaixadoras" que devem ajudar a impulsionar o lançamento da marca, previsto para o meio deste mês. Em outubro de 2020, o Magalu trouxe Silvia Machado para liderar a área, experiente executiva com passagens pela Dafiti e C&A.

A empresa também vem adquirindo empresas do setor para ajudar a expandir seu "SuperApp", e criar um ecossistema completo a seus clientes, vendendo desde alimentos e bebidas até itens de moda. Ao fim de 2020, o Magalu possuía menos de 8.000 lojistas de moda em seu marketplace, número que aumentou para mais de 20 mil, atualmente.

Até junho deste ano, as vendas de itens de vestuário da plataforma tiveram um crescimento de 170%, e moda já representa cerca de 20% da base total de vendedores. Assim, a expectativa é que a companhia consiga aproveitar sua ampla base de dados para lançar coleções e campanhas de marketing assertivas, ganhando agilidade em relação aos concorrentes.

A notícia é positiva para o Magalu que, após focar no segmento de alimentos e bebidas durante a pandemia, agora passa a mirar o setor de vestuário, um mercado altamente fragmentado e pouco digitalizado.

Para as outras empresas do setor, como as líderes Lojas Renner (LREN3) e Marisa (AMAR3), a notícia é marginalmente negativa, já que agora passarão a concorrer com uma outra grande companhia. Isso, porém, não impactos no curto prazo, uma vez que o projeto deve começar a apresentar resultados apenas no médio prazo.

No pregão de terça-feira (5), as ações do Magalu fecharam em leve queda de 0,2%.

Locaweb compra startup de influenciadores digitais Squid

A Locaweb (LWSA3), empresa brasileira de hospedagem de sites, serviços de internet e computação em nuvem, comunicou na terça-feira (5) a aquisição da Squid Digital Media Channel, uma startup que desenvolve soluções para influenciadores digitais. O valor da negociação foi de, aproximadamente, R$ 176,5 milhões.

Fundada em 2014 na cidade de São Paulo, a Squid atua com soluções e plataformas para conectar influenciadores e criadores de conteúdo às marcas. Com machine learning e uma plataforma robusta, a Squid automatiza todo o processo de identificação, recrutamento, gestão e pagamento de influenciadores digitais, unindo tecnologia e um time especializado, que ajuda marcas e empresas de todos os segmentos e tamanhos a impulsionarem o resultado de suas campanhas. O resultado é o aumento da conversão de vendas.

A base da Squid reúne hoje mais de 100 mil influenciadores, que produziram mais de 300 mil conteúdos em 2021 e que, por sua vez, geraram mais de 700 milhões de impactos. Sua receita anual recorrente é superior a R$ 100 milhões, com crescimento de triplo dígito em 2021. Os sócios fundadores da Squid, Felipe Oliva e Carlos Tristan, seguirão na operação da startup junto com o time de colaboradores e terão, adicionalmente, o direito de receber eventual "earnout" por desempenho futuro, dependendo do atingimento de metas.

A aquisição é positiva para a Locaweb, que com a transação consolida ainda mais seu ecossistema de soluções tecnológicas, fortalecendo o portfólio de social commerce e live commerce, com forte e imediata sinergia com todos os clientes da companhia. Essa é a décima terceira aquisição da Locaweb desde seu IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) e a segunda maior, depois do Bling.

Segundo Rafael Chamas, CFO da Locaweb, a companhia trabalha para expandir suas operações em 3 frentes: captação de leads, serviços financeiros e logística. A companhia já possui operações para toda a jornada do cliente como a Social Miner, que traz soluções para alavancar a audiência do site, o Bling, sistema de ERP da Locaweb, a Vindi, plataforma de assinaturas e o Octadesk, uma plataforma de relacionamento com clientes via chatbot.

A aquisição da Squid reforça a estratégia da Locaweb em seguir incrementando seu portfólio com soluções para o varejo digital por meio de fusões e aquisições de companhias relacionadas ao seu modelo de negócios.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.