Venda da fatia da Petrobras na Braskem é boa para acionistas; veja análise
Hoje comentaremos o acordo de Petrobras e Novonor que viabiliza a venda da Braskem e o último leilão de transmissão de energia do ano.
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.
Acordo entre Petrobras e Novonor viabiliza venda da Braskem
O processo de venda das participações da Petrobras (PETR3, PETR4) e da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem (BRKM5) ganhou mais um capítulo após o conselho de administração da petrolífera aprovar o modelo para a venda da totalidade de sua participação na petroquímica, a ser realizada por meio de um follow-on (oferta subsequente de ações) em conjunto com a Novonor. O novo acordo viabiliza a operação.
A Petrobras comunicou que firmou um acordo com a Novonor estabelecendo diretrizes para a migração da Braskem para o Novo Mercado, nível mais alto de governança corporativa da B3. Dessa forma, deve ocorrer uma primeira oferta no primeiro trimestre de 2022, com a migração da Braskem para o Novo Mercado, e depois mais uma oferta que então venderá a totalidade das ações ordinárias de posse das companhias.
A operação, que pode movimentar, aproximadamente, R$ 32 bilhões, juntando a participação da Novonor (38,4%) e da Petrobras (36,15%), deve ter como principais compradores fundos institucionais que já possuem participação na companhia.
A notícia é positiva para todas as partes envolvidas. No caso da Novonor, o processo é essencial para o plano de recuperação judicial da empresa. Pelo lado da Braskem, além do aspecto positivo de migração para o Novo Mercado, a conclusão da operação elimina a pressão vendedora sobre seus papéis. Finalmente, no caso da Petrobras, a venda vai em linha com seu plano estratégico de desinvestir em ativos "não core", como petroquímicos, para concentrar esforços no negócio de exploração e produção de petróleo em águas profundas. Ademais, o movimento pode acarretar em mais dividendos para seus acionistas.
A Braskem irá pagar R$ 6 bilhões a seus acionistas em forma de dividendos, o que representa um dividend yield (rendimento de dividendos) de, aproximadamente, 13%. Tal distribuição é mais uma sinalização de que a saída da Novonor e da Petrobras deve mesmo acontecer em breve.
Leilão de transmissão de energia vende todos os lotes
O segundo e último leilão de transmissão de energia realizado na B3 teve todos seus 5 lotes arrematados com um valor total de receita anual de R$ 202,5 milhões e deságio médio de 50%. O certame foi conduzido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), com os empreendimentos localizados na Bahia, Amapá, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
Os lotes do leilão, ao todo, contribuirão com 902 quilômetros em linhas ao SIN (Sistema Interligado Nacional), além de 750 megavolt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações.
Destacamos como projetos de destaque o lote 5, vencido pela Energisa (ENGI11), no Amapá, que consiste em uma linha de transmissão de 10 quilômetros com a finalidade de conectar uma nova subestação na região (Macapá III) com a subestação Macapá. O investimento estimado para o projeto é de R$ 161,6 milhões.
Além desse, destacamos também o lote 1, vencido pela Taesa (TAEE11), de maior investimento estimado entre os demais, de R$ 1,7 bilhão, que contempla os estados do Paraná e São Paulo em um projeto de 726 quilômetros de linhas de transmissão.
Além disso, ressaltamos a importância dos lotes 2 e 3, na Bahia, vencidos pela Sterlite Brazil Participações e pela Rialma Administração e Participações, respectivamente. Os empreendimentos consistem em uma subestação e mais uma adição de 166 quilômetros de linhas, com ambos tendo como foco o escoamento da energia gerada por fontes renováveis do Nordeste.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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