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ANÁLISE

Duas companhias na Bolsa compram empresas, e são oportunidades de investir

Felipe Bevilacqua

27/12/2021 09h44

Hoje comentamos a maior negociação da história da Sinqia, provedora de tecnologia para o sistema financeiro, e a nova aquisição da Dexco (ex-Duratex), dona de marcas com Deca e Hydra, em um novo mercado.

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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.

Sinqia anuncia maior compra de sua história

Provedora de tecnologia para o sistema financeiro, a Sinqia (SQIA3) anunciou a aquisição de 100% do capital da NewCon, uma das principais fornecedoras de tecnologia para administradoras de consórcio no Brasil.

A operação é a maior compra da história da Sinqia, no valor de R$ 422,5 milhões, com o pagamento sendo realizado à vista e em mais cinco prestações anuais.

Nos últimos 12 meses encerrados em setembro, a NewCon apresentou uma receita bruta de R$ 76 milhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 40 milhões. O negócio será pago com os R$ 630 milhões que a Sinqia tem em caixa.

A aquisição da NewCon é bastante interessante para a Sinqia, visto que impulsionará seus planos de crescimento, levando a uma receita anual de cerca de R$ 430 milhões no período de 12 meses até setembro.

Além disso, a empresa fica perto de atingir a meta anunciada há dois anos no seu plano estratégico Sinqia 500, que tinha por objetivo atingir uma receita de R$ 500 milhões até o fim de 2023.

Após a notícia da transação, as ações da Sinqia fecharam o pregão de quinta-feira (23) em alta de 6,03%, a R$ 16,88. Com a operação, 20% da receita da companhia será composta pelo mercado de consórcios. Segundo dados do Banco Central, o mercado de consórcios brasileiro corresponde a 3,9% do PIB e atende a 8 milhões de consorciados.

Dexco faz aquisição em um novo nicho

A Dexco (DXCO3), antiga Duratex, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Ceusa e Durafloor, anunciou a aquisição da Castellato, empresa fabricante de revestimentos. Com isso, a Dexco entrou em um novo nicho, o mercado de concreto arquitetônico. O valor do negócio não foi informado.

A operação está dentro do plano de investimentos de R$ 2,5 bilhões até 2023 e a aquisição tem como objetivo diversificar a atuação, entrando em um segmento complementar ao da Dexco.

A Castellato, localizada em Atibaia, no interior de São Paulo, possui uma capacidade de produção de 7,5 milhões de peças por ano, com um total de 240 funcionários. A companhia é líder do segmento premium de pisos e revestimentos de concreto arquitetônico, com suas peças sendo vendidas apenas em boutiques, não sendo encontradas em grandes lojas de varejo de construção.

Vemos a aquisição como interessante para a Dexco. É uma linha complementar aos revestimentos cerâmicos da Portinari e da Ceusa, e que pode ganhar visibilidade com a escala atual da Dexco, mesmo sendo um produto de nicho e super premium.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL