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ANÁLISE

Análise: acima das expectativas, inflação nos EUA ainda assombra o mercado

Rafael Bevilacqua

12/05/2022 09h30

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Nas últimas semanas, o noticiário tem abordado constantemente a questão do pico da inflação global, especialmente nos Estados Unidos, a maior economia do planeta.

Na quarta-feira (11), as Bolsas de Valores norte-americanas abriram em alta, com investidores otimistas com o dado de inflação ao consumidor nos EUA referente a abril.

A expectativa era de um avanço de 0,2% dos preços no período, fazendo com que o índice acumulasse alta de 8,1% em 12 meses. Caso as projeções se confirmassem, seria um claro sinal de desaceleração da inflação no país, o que animou o mercado local e as Bolsas internacionais.

Contudo, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registrou alta de 0,3% em abril, acumulando alta de 8,3% nos últimos 12 meses.

A diferença parece pequena, mas é suficiente para alimentar a incerteza com relação à trajetória dos preços nos EUA e no mundo.

Após a divulgação do indicador, os principais índices de ações dos EUA trocaram de sinal e fecharam o dia em queda.

O mau humor se disseminou para os mercados internacionais e contaminou as Bolsas da Europa e da Ásia também.

No Brasil, a alta das commodities e o bom desempenho das ações dos bancos ajudaram a sustentar a alta do Ibovespa, mas a piora de humor no exterior deve contaminar também o mercado brasileiro.

Para o pregão de hoje, o cenário doméstico e o internacional devem novamente entrar em conflito, com os bons resultados reportados por importantes companhias brasileiras e a fala do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, sobre a privatização da Petrobras pesando positivamente.

Enquanto permanece a incerteza quanto ao pico da inflação lá fora, a volatilidade deve seguir tomando conta dos mercados.

Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Investimentos): informações sobre os resultados da Telefônica Brasil, responsável pela operação da marca Vivo, referentes ao primeiro trimestre de 2022.

Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

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