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ANÁLISE

Lucro da Vivo cai com aumento das despesas no primeiro trimestre

Rafael Bevilacqua

12/05/2022 09h22

Hoje comentaremos os resultados da Telefônica Brasil, companhia de telecomunicações responsável pela marca Vivo, referentes ao primeiro trimestre de 2022.

Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!

Aumento das despesas no primeiro trimestre

A Telefônica Brasil (VIVT3) divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2022 na noite de terça-feira (10). Os números reportados pela companhia vieram mistos, positivamente impactados pela expansão de sua receita líquida no período, mas refletindo o efeito do aumento das despesas no período.

A receita líquida da empresa cresceu 4,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 11,4 bilhões. Esta alta foi motivada, principalmente, pelo crescimento de 5,7% da sua receita de serviço móvel.

Além do impacto positivo do segmento de serviço móvel, o desempenho consistente da receita de negócio fixo, que cresceu 1,9% na comparação anual, também contribuiu para a expansão de sua receita líquida consolidada no período.

Os custos totais, desconsiderando os gastos com depreciação e amortização, registraram um crescimento de 7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, somando R$ 6,8 milhões.

Fruto desse desempenho, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Vivo atingiu R$ 4,5 bilhões no trimestre, o que representa um crescimento de 1,3% em comparação com o primeiro trimestre de 2021. Sua margem Ebitda, entretanto, exibiu uma retração de 1,3 ponto percentual na comparação anual, a 39,7%.

O lucro líquido da companhia apresentou forte retração de 20,4% em comparação com os primeiros três meses do ano passado, totalizando R$ 750 milhões no trimestre. A queda se deu em função do aumento das despesas da empresa no período, decorrente do crescimento do endividamento com a aquisição das licenças 5G no final de 2021, somadas à maior taxa de juros neste ano.

Diante dos resultados mais fracos do que o esperado nas linhas de lucro líquido e Ebitda no primeiro trimestre, esperamos um impacto neutro a marginalmente negativo no preço das ações da companhia no curto prazo.

Na quarta-feira (11), as ações da Vivo fecharam em queda de 3,50%, cotadas a R$ 49,02.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.