IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

OPINIÃO

BC dos EUA admite risco de recessão na maior economia do planeta

Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) - Kevin Lamarque
Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) Imagem: Kevin Lamarque

Rafael Bevilacqua

23/06/2022 09h35

Esta é a versão online da edição de hoje da newsletter Por Dentro da Bolsa, que mostra como o BC dos EUA vem lidando com a disparada da inflação, com o presidente do órgão já admitindo o risco de recessão como consequência do aumento nos juros. Para assinar este e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui. Os assinantes UOL ainda têm direito a mais duas newsletters exclusivas sobre investimentos.

Na quarta-feira (22), Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), disse que a instituição está "fortemente comprometida" com o combate à inflação.

Como parte desse compromisso, Powell informou que o Fed deve subir rapidamente os juros até o patamar considerado neutro, em torno de 2,5% ao ano, e depois continuar o movimento de alta em terreno contracionista, ou seja, que desestimulam a atividade econômica.

Contudo, o presidente do Fed reconheceu que será desafiador trazer a inflação de volta para a meta de 2% ao ano e manter o mercado de trabalho aquecido ao mesmo tempo, e admitiu que a alta acelerada dos juros pode levar a maior economia do planeta a uma recessão.

De acordo com Powell, a disparada da inflação —que acumula alta de 8,6% nos últimos 12 meses—, surpreendeu o Fed e forçou uma súbita mudança de postura.

Essa mudança fica evidente quando comparamos o discurso de "inflação transitória" adotado nos primeiros meses de alta dos preços com as falas mais recentes dos principais nomes do Fed, que reconhecem que a única maneira de alcançar a estabilidade de preços é com um rigoroso aumento nos juros.

Dessa forma, o mercado já projeta que a taxa básica de juros dos EUA deve chegar ao patamar de 3,4% ainda neste ano, podendo subir ainda mais em 2023.

Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre os resultados decepcionantes do IRB Brasil em abril.

Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

**********

NA NEWSLETTER CARTEIRA RECOMENDADA

A newsletter Carteira Recomendada mostra que a alta da Selic diminui a atratividade de alguns ativos, como ações e criptomoedas, mas abre oportunidades de ganhos expressivos na renda fixa. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui.

Queremos ouvir você

Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para duvidasparceiro@uol.com.br.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.