BC dos EUA admite risco de recessão na maior economia do planeta
Esta é a versão online da edição de hoje da newsletter Por Dentro da Bolsa, que mostra como o BC dos EUA vem lidando com a disparada da inflação, com o presidente do órgão já admitindo o risco de recessão como consequência do aumento nos juros. Para assinar este e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui. Os assinantes UOL ainda têm direito a mais duas newsletters exclusivas sobre investimentos.
Na quarta-feira (22), Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), disse que a instituição está "fortemente comprometida" com o combate à inflação.
Como parte desse compromisso, Powell informou que o Fed deve subir rapidamente os juros até o patamar considerado neutro, em torno de 2,5% ao ano, e depois continuar o movimento de alta em terreno contracionista, ou seja, que desestimulam a atividade econômica.
Contudo, o presidente do Fed reconheceu que será desafiador trazer a inflação de volta para a meta de 2% ao ano e manter o mercado de trabalho aquecido ao mesmo tempo, e admitiu que a alta acelerada dos juros pode levar a maior economia do planeta a uma recessão.
De acordo com Powell, a disparada da inflação —que acumula alta de 8,6% nos últimos 12 meses—, surpreendeu o Fed e forçou uma súbita mudança de postura.
Essa mudança fica evidente quando comparamos o discurso de "inflação transitória" adotado nos primeiros meses de alta dos preços com as falas mais recentes dos principais nomes do Fed, que reconhecem que a única maneira de alcançar a estabilidade de preços é com um rigoroso aumento nos juros.
Dessa forma, o mercado já projeta que a taxa básica de juros dos EUA deve chegar ao patamar de 3,4% ainda neste ano, podendo subir ainda mais em 2023.
Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre os resultados decepcionantes do IRB Brasil em abril.
Um abraço,
Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante
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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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