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Por que você deve olhar para as ações de Magalu e Vale? Analista explica

Do UOL, em Sâo Paulo

07/04/2021 04h00

O que fazer depois que você tem a sua carteira de investimentos pronta? Fazer um acompanhamento. Este ponto é um dos mais negligenciados pelos investidores, principalmente os iniciantes. Se o foco é o longo prazo, claro que a recomendação é investir e "esquecer" o ativo. Contudo, entender o que está acontecendo com o mercado, mesmo neste caso, pode ajudar o investidor a tomar melhores decisões futuras.

Ao longo das últimas semanas, o analista Felipe Bevilacqua, da casa de análises Levante Ideias de Investimento, parceiro do UOL Economia+, criou cinco carteiras recomendadas para diferentes de perfis de investidor. Agora, é o momento de entender o desempenho dessas carteiras até agora e analisar as empresas que foram indicadas.

Para o analista, existem alguns pontos que precisam ser analisados e ele chama a atenção para duas empresas especificamente: Vale e Magalu. Entenda abaixo o que diz o analista sobre essas companhias e se as ações delas ainda valem a pena para os investidores.

Para quem ainda não pegou as recomendações, elas estão aqui:

Vale: segue na carteira?

A Vale (VALE3) anunciou, na última quinta-feira (1), um programa de recompra de até 270 milhões de ações. Isso equivale a 5,3% do valor de mercado da empresa ou a US$ 4,6 bilhões.

"Programa de recompra é quando a empresa recompra parte de suas ações na Bolsa de Valores, as tirando de circulação. O conselho de administração da Vale acredita que suas ações estão sendo negociadas com desconto excessivo em relação às empresas que atuam no mesmo segmento. Isto e o fato de a companhia estar com o caixa alto motivaram essa operação", explica Bevilacqua.

Com a recompra, o número de ações disponível para negociação diminui, o que faz com que o percentual de participação dos investidores que as possuem aumente. Ou seja, essa operação traz valor ao acionista, pois resulta em uma maior participação nos lucros da empresa.

No primeiro pregão (período de negociação de ativos na Bolsa), segunda-feira (5), após o comunicado, as ações da mineradora fecharam com alta de 6,6%, refletindo a reação positiva do mercado. Por esse motivo, afirma o analista, a empresa continua nas carteiras recomendadas.

Magazine Luiza: segue na carteira?

A Magalu (MGLU3) anunciou, na última semana de março, a aquisição das plataformas Tonolucro e Grandchef.

A Tonolucro é uma plataforma de entrega de comida e de itens de supermercado, presente em mais de 40 cidades dos estados de Tocantins, Goiás e Pará.

Já a Grandchef é um sistema de gestão de operação, financeiro e de controle de estoque, especializada do ramo alimentício, presente em 25 estados brasileiros.

"As aquisições estão em linha com a estratégia do Magazine Luiza de digitalização do varejo brasileiro, mas não causará impacto nas ações no curto prazo. Porém, no longo prazo, poderá trazer impactos positivos para a companhia", afirma Bevilacqua. Por isso, as ações da companhia também seguem nas carteiras feitas pelo analista.

Movimentações em Brasília

Outro ponto analisado por Bevilacqua é a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), que aconteceu no último dia 25. No texto, o relator da proposta orçamentária, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), reduziu as verbas para as despesas obrigatórias, desagradando vários agentes do setor público.

O senador cortou mais R$ 26,5 bilhões para atender as emendas de parlamentares da base aliada. Com isso, as despesas dedicadas ao custeio da máquina governamental seriam cortadas em quase 45%, o que poderia deixar a máquina pública inoperante, com a paralisação de vários serviços públicos.

Após uma semana de muita discussão entre a equipe econômica, líderes do Congresso e do Palácio do Planalto, a ministra da Secretaria do Governo, Flávia Arruda (PL-DF), disse que há um novo acordo político firmado, em que foi definido que o orçamento será redesenhado, restando apenas aspectos jurídicos para viabilizá-lo.

Para o analista, a notícia é "positiva para o mercado".

"Hoje, não faremos nenhuma mudança nas nossas carteiras, que seguem bem-posicionadas para aproveitar os prazos curto e médio. Mas, mesmo assim, sigo analisando e acompanhando o mercado, a fim de encontrar novas oportunidades que estejam em linha com o objetivo de cada uma das carteiras", afirma.

3 fatores para o sobe e desce da Bolsa

Bevilacqua analisa ainda, três fatores importantes que podem explicar o sobe e desce da Bolsa no curto prazo aos quais os investidores devem ficar atentos:

  • Processo de vacinação;
  • Vai-e-vem de Brasília; e
  • Juros nos EUA.

Desempenho das carteiras

As recomendações começaram a ser feitas há seis semanas. Como está o desempenho dessas carteiras? Confira

Todas as Carteiras começam em 03/03/21 (com a carteira de baixo risco) e avançam conforme os novos ativos foram inseridos. Você pode checar os gráficos de desempenho no relatório completo aqui.

Carteira LVNT de baixo risco
No período de 03/03 a 31/03, a carteira obteve retorno acumulado de 0,15%, enquanto o CDI obteve 0,18%.

Carteira LVNT Conservadora
No período de 03/03 a 31/03, a Carteira LVNT Conservadora obteve retorno acumulado de 0,48%, enquanto o CDI obteve 0,18%.

Carteira LVNT Moderada
No período de 03/03 a 31/03, a Carteira LVNT Moderada obteve retorno acumulado de 0,54%, enquanto o CDI obteve 0,18%.

Carteira LVNT Arrojada
No período de 03/03 a 31/03, a Carteira LVNT Arrojada obteve retorno acumulado de 0,70%, enquanto o CDI obteve 0,18%.

Carteira LVNT Arrojada Plus
No período de 03/03 a 31/03, a Carteira LVNT Arrojada Plus obteve retorno acumulado de 0,93%, enquanto o CDI obteve 0,18%.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo analista Felipe Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.