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O que é inflação e como ela tem chegado à mesa dos brasileiros

Henrique Santiago/UOL
Imagem: Henrique Santiago/UOL

Felipe Cozer

Especialista em investimentos e analista em educação financeira no PagBank PagSeguro

20/10/2021 04h00

Falar sobre economia parece complicado para você?

Talvez o assunto pareça complicado na teoria, mas com certeza você já sentiu os efeitos no bolso, e muitos indicadores da economia já fazem parte do seu dia a dia.

Um exemplo é o IPCA, o índice que mede o aumento dos preços de produtos e serviços ao consumidor, mais conhecido como inflação.

Neste ano, o preço de itens como açúcar, óleo de soja e carne dispararam, reflexo da inflação, que teve a maior alta para setembro desde 1994.

Veja abaixo o que é inflação, como isso conversa com seu cotidiano e algumas dicas para diminuir os impactos no seu dinheiro.

O que é inflação?

Recentemente você tem ouvido muito a frase "está tudo muito caro!"?

Esse exemplo pode ajudar você a entender mais facilmente o conceito de inflação.

Inflação é o aumento contínuo ou generalizado dos preços de produtos e serviços e implica na diminuição do poder de compra do seu dinheiro. Ou seja, ele passa a valer cada vez menos com o passar do tempo.

Esse é um indicador muito importante da nossa economia, pois sinaliza como está o custo de vida para o brasileiro.

Uma inflação controlada pode estar associada a uma oferta e demanda equilibradas, com isso, o país apresenta consumo de produtos e serviços, geração de empregos por empresas e, consequentemente, crescimento.

Como a inflação é calculada?

A inflação é calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio de um índice chamado IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é considerado o medidor oficial de inflação do Brasil.

O índice é utilizado como termômetro da inflação, pois leva em consideração a variação de preços dos produtos e serviços consumidos e consideradas essenciais para as famílias brasileiras, como por exemplo: alimentação, bebidas, transporte, habitação, moradia, educação, entre outros.

A medição do índice é realizada uma vez por mês e compara os preços para avaliar reduções ou aumentos no preço final pago pelas famílias, dentro de cada categoria avaliada. Com base nos resultados, é possível observar se houve alteração no poder de compra.

Como a inflação chega à mesa dos brasileiros?

A alta dos preços nos alimentos não é sentida apenas no Brasil. Segundo dados divulgados pela ONU (Organização das Nações Unidas), os preços para agricultura e alimentos já subiram quase 33% no último ano em escalas mundiais.

O aumento dos preços dos combustíveis, mudanças climáticas, diminuição de safras e a pandemia são alguns fatores que têm impactado o aumento de preços dos alimentos. Com a alta procura por parte dos consumidores e fatores que impactam as ofertas dos produtos, os alimentos chegam mais caros às prateleiras.

No Brasil, os preços dos alimentos subiram mais que a renda média da população em geral, fazendo com que a escolha dos alimentos que vão para mesa na hora das refeições se torne uma preocupação para muitas famílias.

O café, por exemplo, teve um aumento de mais que 25% em 12 meses, e o frango acumula uma alta de 40% no mesmo período, fazendo com que o brasileiro fique cada vez mais apreensivo na hora de ir até o supermercado.

Apesar de alguns aumentos nos preços de produtos e serviços, o Brasil passa por um período de controle de inflação, o que é muito diferente de períodos vividos nos anos 80 e 90.

Como diminuir os impactos da inflação no seu bolso?

Cuidado com o impulso na hora de comprar.

Cerca de 96% das pessoas que compram por impulso buscam "ter a sensação de bem-estar consigo mesmas" e associam a compra a uma sensação extremante prazerosa. Na maioria dos casos, concordam que o produto não é essencial e se arrependem depois.

Ter autocontrole na hora de ir até o supermercado sempre foi importante, mas diante do cenário que estamos vivendo, merece ainda mais atenção.

Saiba o que comprar no supermercado

Antes de sair de casa, observe o que você irá comprar e faça uma lista. Dessa maneira, é mais difícil cair em armadilhas de consumo.

Reveja onde você faz as suas compras.

Pesquisar preços, ter disposição para mudar alguns hábitos de compra, consumir marcas de produtos diferentes e aproveitar promoções são práticas importantes para economizar.

Procure rentabilizar os seus ganhos mensais.

Rentabilize o dinheiro enquanto não o usa. Existem muitas opções de investimentos que rendem juros diários e você pode resgatar a qualquer momento. Usar essas opções é uma possibilidade de ganhar um dinheiro enquanto não paga as contas.

Veja um exempo de como isso pode ser realizado:

A conta de luz vence no dia 10 e você recebeu o salário no dia 30. Então é possível que até a data de pagamento da conta o dinheiro receba rendimentos em uma aplicação, e esse dinheiro a mais poderá colaborar paras as compras no supermercado no decorrer do mês.

Tesouro Selic e CDB DI sem carência são excelentes opções para essa situação.

Busque opções de investimentos que protejam o dinheiro da inflação

Ter um ganho acima da inflação com seus investimentos é essencial para manter o seu dinheiro valorizado e o poder de compra.

As opções em que a rentabilidade é atrelada ao IPCA são excelentes oportunidades, principalmente se você for investir para objetivos de médio e longo prazo.

O Tesouro IPCA+ é uma alternativa acessível para você ter um ganho acima da inflação. A rentabilidade é calculada com a variação do índice e mais uma taxa prefixada na compra.

Importante observar que é necessário respeitar o prazo de vencimento do investimento para ganhar a rentabilidade acordada no momento da compra.

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