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O primeiro passo para uma vida financeira de prosperidade

Luciane Almeida

Economista Comportamental e educadora financeira no PagBank

29/10/2021 04h00

É fato que no Brasil as pessoas têm muita dificuldade de falar sobre dinheiro e, como consequência, não lidam facilmente com a vida financeira.

Você certamente já ouviu muitas vezes sobre a importância de organizar o orçamento e planejar a vida financeira, mas na prática evita o assunto.

O problema é que na relação com o dinheiro, trazemos muito da nossa cultura, educação familiar e fatores emocionais. Isso prova que dinheiro não é só matemática, e a dificuldade que carregamos para lidar com as finanças pessoais tem como raiz nossas crenças e pensamentos limitantes que ouvimos ao longo da vida, e nos impedem de mudar hábitos e tomar diferentes atitudes para melhorar nossa maneira de lidar com a vida financeira.

Você já ouviu algumas dessas crenças?

"Planejamento financeiro é só para quem tem muito dinheiro!"

"Controlar o orçamento é fazer muitos sacrifícios!"

"Só se vive uma vez, então tem que aproveitar."

Aposto que sim! Por esse motivo, falar em planejamento e organização financeira é um enorme tabu. As pessoas evitam porque acham difícil e a maioria desiste mesmo antes de começar.

Identificar e quebrar as crenças e os pensamentos limitantes que você tem sobre dinheiro é o caminho para manter uma vida financeira de prosperidade. Você vai descobrir que se organizar financeiramente não é deixar de gastar, e sim, gastar muito melhor o dinheiro que você ganha.

E para dar o primeiro passo, você pode começar com orçamento financeiro bem simples e fácil de colocar em prática no dia a dia.

Saiba quanto você ganha

Não tem como saber se você está gastando muito se não sabe quanto ganha. Descobrir seu salário líquido é o primeiro passo para começar essa organização. Some também ao seu salário todos os benefícios que você recebe, como vale-refeição, alimentação, e o dinheiro de alguma atividade extra.

Anote esse valor. Esse total é o que você terá para trabalhar o mês inteiro.

E quem não tem salário fixo? Quando a renda varia ao longo dos meses, é preciso fazer uma média do ganho do ano dividindo o valor total por 12 meses. O recomendado é usar 70% desse valor encontrado como renda mensal. Dessa forma, se tiver um mês com menor ganho, você não corre o risco de fechar no vermelho.

Anote os seus gastos

Não tem como controlar o que você não conhece e deixar as contas só na cabeça é descontrole na certa.

O melhor jeito de conhecer seus gastos é anotando todos eles.

No início, use um caderno para ficar mais simples e, com o tempo, passe a usar um aplicativo ou uma planilha. Escolha o mais prático para você.

Anote todos os gastos no mesmo dia. Deixar para o dia seguinte ou para outro momento é dar chance para você esquecer. E os gastos de valor baixinho que você acha que não são importantes, no acumulado, podem causar um rombo no seu bolso. Então, enquanto você está adquirindo o hábito da organização financeira, anote todos!

Acompanhe!

Agora é só diminuir do valor da renda o total de gastos e acompanhar a cada pagamento ou novo gasto que fizer. Ter essa disciplina vai ajudar você a ficar atualizado sobre quanto já gastou no mês, se ainda tem alguma sobra ou se está no risco de estourar o orçamento e fechar o mês no vermelho.

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