Como falar de dinheiro com crianças? Veja dicas para cada faixa etária
Falar sobre dinheiro ainda é um "bicho-papão" para muitos adultos, o que contribui para que o trauma seja transmitido para as próximas gerações de forma realmente assombrosa.
A educação financeira é uma tarefa para ser iniciada na infância, colaborando assim, futuramente, com a formação de pessoas que saibam lidar com o próprio dinheiro e tenham segurança para falar sobre o assunto.
Em 2020, o Ministério da Educação (MEC), tornou obrigatório o ensino de educação financeira nas escolas, mas para potencializar o efeito da ação, é importante que as famílias falem sobre o tema em suas casas.
Como falar sobre educação financeira com as crianças?
Conversar sobre dinheiro com os filhos não precisa ser uma tarefa árdua. Afinal, o dinheiro faz parte do dia a dia dos brasileiros e, portanto, pode ser abordado de forma natural aos pequenos, com situações lúdicas que envolvam a própria rotina ou por meio de brincadeiras. Veja abaixo algumas dicas para apoiar na alfabetização financeira das crianças de acordo com suas idades.
Crianças de 2-5 anos: construa um cofrinho
O cofrinho faz com que a criança experimente alguns comportamentos fundamentais para um processo de educação financeira. Em forma de brincadeira, é possível dar início ao hábito de poupar, introduzir a prática de explicar o valor das coisas e trocar o consumo presente pelo consumo futuro.
Compre um cofrinho para seus filhos e estabeleça uma meta para ele. Pode ser o cofrinho para comprar sorvete, por exemplo. E se os pequenos tiverem vários desejos, pode ter mais de um cofre, um para cada destino (um para o sorvete, um para a bicicleta...).
Essa prática é responsável, ainda, pelo estímulo da recompensa. Ou seja, mostrar para a criança que, se ela juntar dinheiro e for paciente, poderá conquistar o que almeja. Mas, atenção: vale levar em consideração que quanto mais nova for a criança, menos preparada ela estará para esperar por longos períodos de recompensa.
Abrir o cofrinho deve ser um momento que envolva toda a família, para aumentar a sensação de recompensa da criança e fazê-la com que se divirta, querendo repetir o ato de poupar.
Crianças de 6 a 8 anos: ensine o valor das coisas
Ensinar sobre os preços dos alimentos, brinquedos e qual a necessidade de cada item na vida da criança de seis a oito anos também é uma maneira de educar financeiramente.
Por isso, nessa fase é possível apresentar o valor das notas e moedas, associando cada valor a algum item. Por exemplo, a nota de R$ 2 pode ser igual a um picolé. Essa atividade pode ser realizada através de uma ida até o supermercado ou mesmo em forma de brincadeira, montando um mercadinho em casa. Deixe a criatividade rolar!
Crianças de 9 a 12 anos: use a mesada e games
Agora que a criança já tem conhecimento sobre o valor das coisas, é hora de iniciá-las a uma maneira mais consciente de guardar o próprio dinheiro: a mesada. Essa é uma ótima oportunidade para explicar a diferença entre querer, precisar e estabelecer prioridades.
Estabeleça uma quantia fixa a ser dada todo mês (por exemplo, R$ 25). Mostre que a criança pode comprar uma revista todo mês com a mesada, mas pode juntar e comprar o brinquedo dos sonhos dela se poupar.
Outra forma de educar as crianças a partir dos nove anos é usando games ou jogos de tabuleiro, como "Jogo da Vida" ou "Banco Imobiliário". Além de promover a interação entre a família, é um modo dinâmico de ensinar a criança a gerenciar o dinheiro.
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