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Economia nos EUA preocupa; é hora de largar as ações estrangeiras?

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/05/2021 04h00

A inflação dos Estados Unidos afetou as Bolsas de todo o mundo, e o dólar tem registrado quedas sucessivas, acumulando recuo de 1,75% em maio. Esses indicadores têm gerado muitas dúvidas, principalmente nos investidores que têm dinheiro investido em BDRs, certificados que representam ações de empresas estrangeiras.

Será que o momento é de investir mais ou resgatar o dinheiro investido em fundos de ações que têm exposição a BDRs? A pergunta foi respondida no Papo com Especialista, programa semanal e ao vivo do UOL Economia+. Assista ao vídeo abaixo para conferir a resposta completa do economista César Esperandio.

O Papo com Especialista é transmitido sempre às quartas-feiras, das 12h30 às 13h30, na página inicial do UOL e do UOL Economia+. O programa é exclusivo para assinantes e, após a transmissão ao vivo, fica disponível para consulta.

Decisão é qualitativa, diz economista

Para Esperandio, mesmo que o investidor tivesse informado o grau de exposição a BDRs (ou seja, o percentual da carteira que está em BDRs) desse fundo em que ele investe, a decisão de investir ou deixar de investir depende de quais ações (representadas por cada BDR) estão dentro desse fundo.

"É uma decisão qualitativa, levando em conta ação por ação, e não uma decisão genérica a ponto de ser possível responder se agora é hora de investir ou não investir em fundos com BDRs", afirmou o economista, que é também do canal Econoweek.

Fundos multimercados seguem a mesma lógica

Em relação a fundos multimercados que contam com parcela de ativos que acompanham a variação do índice S&P500 (das 500 ações mais negociadas dos EUA), Esperando disse que a lógica é a mesma. "Você já tem naturalmente uma exposição cambial por serem ações gringas", afirmou.

O economista explica que, se você investiu via corretora brasileira, certamente investiu em real. "Mas as ações são negociadas em dólar lá fora, neste caso, e já está exposto à volatilidade cambial", afirmou ele, ressaltando que é muito difícil fazer a projeção do dólar.

Tenha um olhar de sócio da empresa

Esperandio recomenda que o investidor tenha um "olhar de sócio" das empresas da sua carteira de investimentos.

Segundo ele, a mentalidade tem que ser outra. É preciso sempre perguntar se a empresa é saudável, em que setor ela está inserida, quais são os seus concorrentes, como ela está posicionada, se é promissora, distribui bons resultados, lucro, dividendos etc.

"Se sim, não tem por que ficar se preocupando se é o momento de entrar ou de sair. Invista paulatinamente, mês a mês, com a periodicidade que você escolher e esquece isso. Não precisa ficar tentando comprar quando está na mínima histórica e vender quando está na máxima, porque você só vai arrancar os cabelos de tanta ansiedade", declarou.

Para o economista, investimento é para "trazer para você agora, no presente, a tranquilidade de um futuro mais seguro, mais garantido. Você terá um colchão financeiro, um colchão de segurança".

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