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ANÁLISE

O que você precisa saber sobre Tesouro Direto antes de investir

Colaboração para o UOL, em São Paulo

31/05/2021 04h00

Existe um grande número de pessoas investindo no Tesouro Direto. Em abril, eram cerca de 1,5 milhão de investidores ativos. Se você, iniciante, já pensou em investir em títulos públicos, mas nunca entendeu direito o que eles são e qual deles escolher, o economista César Esperandio explicou no Papo com Especialista, programa semanal e ao vivo do UOL Economia+, transmitido na última quarta-feira (26).

Segundo o economista, ao investir em títulos públicos você empresta dinheiro para o governo. Em troca, o governo paga juros na data de vencimento desses títulos. "Os títulos do Tesouro Direto são considerados os investimentos mais seguros do país, principalmente com a alta da taxa Selic, que norteia a rentabilidade de todos os títulos da renda fixa", disse.

Assista ao vídeo abaixo e confira o passo a passo para investir no Tesouro Direto, e escolher o melhor título para você. Além da análise, Esperandio também respondeu a perguntas sobre finanças e investimentos.

O Papo com Especialista é transmitido sempre às quartas-feiras, das 12h30 às 13h30, na página inicial do UOL e do UOL Economia+. O programa é exclusivo para assinantes e, após a transmissão ao vivo, fica disponível para consulta.

Confira os 3 títulos do Tesouro Direto

Esperandio, do canal Econoweek e apresentador do Papo com Especialista, explicou a diferença entre os três títulos do Tesouro Direto: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA.

1) Tesouro Selic: é o mais adequado para a reserva de emergência. Vai sempre pagar a taxa Selic vigente, que hoje está em 3,5% ao ano. Além desse componente pós-fixado, esse título também um bônus pré-fixado.

"Se a Selic aumentar ou cair, a somatória dessa sua rentabilidade também será alterada", disse.

O Tesouro Selic tem liquidez imediata —ou seja, você pode vender o título a qualquer momento e o dinheiro cai na sua conta no dia útil seguinte. "Você pode resgatar o dinheiro a qualquer momento e sem prejuízo. Ele sempre vai te pagar o combinado", afirmou o economista.

2) Tesouro Prefixado: a rentabilidade é maior em relação ao Tesouro Selic. Nesse título, você já sabe quanto vai receber, porque a taxa é pré-fixada, por isso recomenda-se que você fique com o título até o final do vencimento.

"Você consegue até ter a grana antes da data de vencimento, só que é uma recompra no mercado secundário. O valor a ser pago por este título depende do mercado financeiro daquele dia. E daí você pode ter um decréscimo da rentabilidade esperada", explicou Esperandio.

O Tesouro Prefixado tem uma alternativa que paga juros semestralmente. Esta opção não é recomendada para quem pensa no longo prazo.

3) Tesouro IPCA: tem a mesma lógica do Tesouro Prefixado. Este título está atrelado à inflação, o IPCA, ou seja, ele paga a inflação, que é o componente pós-fixado, mais um bônus pré-fixado. O IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que é o indicador oficial da inflação no país.

Assim como o Tesouro Prefixado, o Tesouro IPCA também tem uma opção que paga os juros semestralmente —essa opção não é indicada para quem pensa no longo prazo.

"O investidor recebe duas vezes por ano os juros semestrais daquela aplicação. É interessante? Depende. Pode ser interessante se você quiser contar com uma renda recorrente", afirmou Esperandio.

Qual título é melhor?

Para Esperandio, o Tesouro IPCA é interessante porque você se protege da inflação. "Mas, por exemplo, se a inflação for zero, ele vai te pagar apenas o bônus pré-fixado", disse. Nesse caso, o título atrelado à inflação é o ideal para planos de longo prazo, porque preserva o dinheiro da inflação.

O economista destacou que tanto os títulos atrelados à inflação, como os pré-fixados, não servem para o propósito da reserva de emergência, por não terem liquidez diária.

No site do Tesouro Direto você pode consultar os títulos (primeira coluna), a rentabilidade anual (segunda coluna), o investimento mínimo (terceira coluna), preço unitário (quarta coluna) e vencimento (última coluna).

No site, é possível também fazer simulações, checar quais os impostos e as taxas que incidem sobre esses investimentos e comparar com outras aplicações.

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