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Investimentos de baixo risco que valem a pena com a alta dos juros

Colaboração para o UOL, em São Paulo

21/06/2021 04h00

A taxa de juros (Selic) subiu de 3,5% para 4,25% ao ano. Como ficam os investimentos em renda fixa? Calculamos aqui quanto rendem R$ 1.000 na poupança, no Tesouro Selic e em fundos DI, mas quais são os investimentos e títulos que ganham com essa alta dos juros? O assuntou foi tema do Papo com Especialista, programa semanal e ao vivo do UOL Economia+, realizado na última quinta-feira (17).

O economista César Esperandio diz que todas as rentabilidades de investimentos de renda fixa acabam sendo norteadas pelo novo nível da Selic. "As próximas emissões de títulos —sejam pré ou pós-fixados— passarão a ser norteadas por esta nova taxa de juros", afirmou. Assista ao vídeo abaixo e confira a análise feita pelo economista. Ele também respondeu a perguntas sobre finanças e investimentos.

O Papo com Especialista é transmitido sempre às quintas-feiras, das 15h às 16h, na página inicial do UOL e do UOL Economia+. O programa é exclusivo para assinantes e, após a transmissão ao vivo, fica disponível para consulta.

É preciso olhar a perspectiva da Selic

Para Esperandio, o investidor precisa colocar a taxa Selic em perspectiva.

"O que tem que se levar em conta é a trajetória da Selic. O Banco Central já sinalizou que na próxima reunião do Copom [Comitê de Política Monetária] a taxa vai aumentar de novo, e disse ainda que pode aumentar ainda mais o ritmo de alta da Selic, que tem sido de 0,75 ponto percentual e poderia aumentar para um ponto percentual ou até mais", explicou o economista, que é também do canal Econoweek.

Ou seja, os juros básicos do país estão em "trajetória de alta", e essa trajetória pode se acentuar ainda mais.

Como ficam os títulos do Tesouro Direto?

- Título pós-fixado, como o Tesouro Selic: a rentabilidade aumenta junto com a taxa Selic;

- Título pré-fixado emitido hoje, como o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA: segundo o economista, esses títulos podem não ser tão vantajosos no futuro, caso, eventualmente, essa trajetória de alta da Selic se configure, ou seja ainda mais intensificada;

"Por isso, normalmente os analistas de carteira de investimentos podem recomendar que, neste caso, você dê preferência para títulos pós-fixados, ou seja, atrelados à Selic", afirmou.

Esperandio disse, no entanto, que essa lógica não vale para todos os investimentos. Por exemplo: um título pré-fixado, com vencimento daqui a oito ou dez anos, e com rentabilidade de 12%, 13%, 15% ao ano, pode ser mais vantajoso do que um Tesouro Selic, que hoje renderia 4,25% ao ano mais um bônus.

"Tudo depende do seu objetivo e do propósito de quanto tempo você pretende deixar o dinheiro investido", afirmou. "Mas isso não anula a recomendação de você diversificar os seus investimentos."

Títulos privados atrelados à Selic ou ao CDI

Outra opção são os títulos privados vinculados à Selic ou ao CDI.

Quando você encontra um título que tem um percentual em relação ao CDI, significa que ele vai fazer uma referência à própria taxa Selic. Assim: um título que rende 100% do CDI terá a rentabilidade similar à taxa Selic.

Tudo que for acima disso é um acréscimo de rentabilidade. Exemplo: um título que rende 128% do CDI paga a taxa Selic mais 28% da taxa. Ou seja: 4,25% (100% do CDI, aproximadamente) + 1,19% (valor que equivale a 28% de 4,25%).

"Mas é claro que você precisar comparar as condições. Afinal, o Tesouro Selic tem liquidez diária", disse Esperandio.

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