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7 dicas para investir na Bolsa de quem começou aos 15 e já está milionária

Camila Mendonça

Do UOL, em São Paulo

01/07/2021 04h00

O que você fazia aos 15 anos? Beatriz Aguillar decidiu ouvir o pai, que trabalhava no mercado financeiro, e começou a investir. "Ele sempre dizia 'aproveite agora para guardar dinheiro'. Comecei na poupança mesmo e em títulos de renda fixa, como CDBs", afirma. Aos 20, também incentivada pelo pai, ela entrou na Bolsa de Valores.

"Comecei perdendo dinheiro. Eu sabia o que estava comprando, mas não tinha noção do momento do mercado. Testei muita coisa até aprender a olhar para o longo prazo, e a fazer aportes mensais pensando nisso", diz.

Hoje, aos 30 anos, Bea, como é conhecida, é uma das poucas mulheres certificadas a falar de ações e outros investimentos de renda variável na internet, com o seu canal Papo de Bolsa. E mesmo tendo começado cedo, ela garante: você também pode entrar na Bolsa, não importa a idade que tenha agora, e sem pirar. Confira as dicas da analista.

1. Comece logo...

Se você quer começar a investir, ainda que tenha pouco dinheiro para isso, comece logo. "Comece o quanto antes, porque é a questão do tempo que mais vai ajudar nos ganhos. Pense: se eu não fizer nada hoje, o que vai acontecer comigo daqui a 40, 50 anos? Imagine o seu 'eu' do futuro", afirma.

A meta dos 20 anos, Bea já alcançou, mas isso não significa que ela já tenha atingido a liberdade financeira. Por isso, ela aconselha a não procrastinar a decisão de investir. "Lá em 2015, 2016, R$ 1 milhão poderia representar uma liberdade, mas hoje é mais difícil, tudo está mais caro. Quando eu passar de uns R$ 5 milhões é que vou ficar mais tranquila", afirma.


2. Mas comece com metas pequenas

Para alcançar a meta do primeiro milhão, Bea cometeu alguns erros pelo caminho. "Acabei até me expondo mais justamente pensando nisso. Eu comecei com essa grande meta, mas hoje eu digo para que as pessoas tenham pequenas metas", afirma.

Para Bea, os primeiros R$ 100 mil são os mais difíceis. "Até chegar nesse valor, você se sabota", diz. Ela explica que tudo bem se sua meta é o primeiro milhão, desde que você tenha pequenos objetivos ao longo do caminho para se motivar.


3. Está tudo bem começar conservador

"A gente realmente começa um pouco mais conservador quando começa a investir. O ideal é começar com renda fixa e depois de uma base sólida começar a estudar o mercado de renda variável, e começar com pouco. Pode ser com R$ 10, R$ 100", afirma Bea.

Ela explica que começar conservador impede você de desistir no meio do caminho. Para ela, quem está começando agora a investir, quando faz alguma loucura no mercado, e tem alguma perda, acaba deixando de investir. Vá com calma, aconselha a analista.

4. Estude o mercado antes de entrar na Bolsa

Estudar o mercado é, segundo Bea, entender conceitos básicos de economia, como taxa de juros, inflação, e como elas afetam os investimentos. E também entender por que uma empresa entra na Bolsa, o que ela quer fazer com o dinheiro que vai captar por lá.

Na hora de escolher uma empresa para investir, uma dica da analista é olhar o que tem de Bolsa na sua casa.

"Onde você comprou sua geladeira, seu celular? Quem fornece a energia da sua casa? Tenho um computador de mesa, de que empresa é? Quando vejo o meu banheiro, que remédios têm lá? Assim, você começa a entender as empresas a partir do que elas produzem e entregam", afirma.

Para te ajudar a entender melhor o mercado, Bea vai estar no Guia do Investidor UOL, série de eventos quinzenais e gratuitos do UOL Economia+ para você que quer aprender a cuidar melhor do seu dinheiro. Bea falará, ao lado de Júlia Mendonça, sobre como você pode perder o medo de investir. O evento acontece no dia 6 de julho, às 11h, nas páginas do UOL, UOL Economia e UOL Economia+.

5. No longo prazo o ganho é maior

Pensar em ganhos rápidos é um dos erros mais comuns entre quem começa a investir na Bolsa, segundo Bea. "As ações precisam de tempo para maturar, por isso a gente precisa de reserva de emergência, para não vender as ações assim que uma emergência aparecer", afirma.

Ela fala por experiência própria. "Precisei encerrar algumas operações. Olhando essas posições hoje, eu poderia ter tido retornos muito maiores [se não tivesse vendido], e sem a necessidade de olhar todo dia o mercado, porque isso não vai fazer suas ações subirem mais", diz.

6. Aceite que não é a Bolsa que vai te deixar rico

Para Bea, o investidor precisa entender que investir é rotina, hábito e consistência.

"Você vai colocar R$ 50 em um mês, e no outro, e no outro, e provavelmente vai passar 20, 30 anos fazendo isso. O que vai deixar você rico é seu trabalho, não é a Bolsa de Valores. A Bolsa potencializa os seus ganhos —e esse é o principal raciocínio que a pessoa precisa ter", afirma.

7. Aumente os aportes mensais

Bea reforça que o exemplo dos R$ 50 todo mês por 30 anos foi a título de exemplo, e que o ideal é aumentar os aportes mensais à medida que você for ganhando mais, seja com seu trabalho ou com algum projeto paralelo.

"Você precisa potencializar esses aportes. A gente tem de buscar ganhar mais dinheiro para investir mais e potencializar esses investimentos. O foco ao longo do tempo é aumentar os aportes, junto com o aprendizado, para construir um patrimônio lá na frente", afirma.

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