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Única mulher em time de analistas, ela começou a investir com R$ 900

Gabriela Mosmann, analista de investimentos da Suno Research - Divulgação
Gabriela Mosmann, analista de investimentos da Suno Research Imagem: Divulgação

Mitchel Diniz

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/08/2021 04h00

Ela é a única mulher entre os analistas seniores da equipe da Suno Research, casa de análise com sede em São Paulo. Mas, há pouco mais de dez anos, Gabriela Mosmann era uma universitária recém-ingressa na faculdade de economia em Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre. Foi com o salário do estágio na área financeira, de cerca de R$ 900, que ela fez seu primeiro investimento, em um fundo de renda fixa.

"Naquela época, para entrar em um fundo você precisava pagar de R$ 1 mil a R$ 2 mil. Guardei dinheiro uns três meses para fazer o primeiro aporte", diz Gabriela. A gaúcha de Porto Alegre conta que começou a pensar sobre investimentos aos 18 anos, lendo um exemplar de "Pai Rico, Pai Pobre", que encontrou no quarto do irmão.

Ela é uma das convidadas do próximo Guia do Investidor UOL, que vai mostrar tudo sobre o Tesouro Direto. O evento é gratuito e você pode se inscrever no cadastro abaixo.

"Aquilo abriu a minha cabeça para a questão de cuidar do dinheiro. Logo que eu comecei a estagiar, mesmo ganhando pouco, eu já tinha essa mentalidade que precisava economizar", diz ela. Veja a seguir quais foram as opções de investimento que Gabriela Mosmann escolheu ao longo de sua trajetória até se tornar especialista no assunto.

Começou juntando dinheiro para viajar

Gabriela cursou faculdade pública e como não precisava pagar para estudar foi juntando o dinheiro que ganhou com estágios e no primeiro emprego. Depois de três anos trabalhando em um banco, ela decidiu pedir demissão para passar um tempo fora do país.

"Queria passar seis meses viajando e fiz uma reserva bem gordinha. Felizmente, nunca tive grandes episódios de dívida. Eu era muito conservadora, no sentido de querer conhecer tudo antes de tomar uma decisão", afirma.

Investiu em ações de um setor que já conhecia

Com juros acima de dois dígitos, Gabriela passou um bom tempo aproveitando a boa rentabilidade da renda fixa. Demorou para aplicar em ações porque, na época, cada operação tinha uma taxa da corretora.

"Era muito caro, você pagava R$ 10 de corretagem. Eu entrei na Bolsa para comprar ações pela primeira vez em 2015", diz Gabriela. Ela aplicou menos de R$ 1.000 e escolheu papéis de um banco, pela familiaridade que tinha com o setor.

"Eu gostava muito do ramo financeiro, trabalhava em banco e entendia a dinâmica do setor. Para mim, analisar bancos era muito mais fácil", afirma.

Voltou a morar com os pais para economizar

Depois que voltou do exterior, Gabriela passou no mestrado, mas a bolsa que ganhava mensalmente da universidade era menor que o salário da época em que trabalhava no banco. Ela decidiu voltar a morar com os pais e o dinheiro do aluguel que ela não precisava mais pagar foi para os investimentos.

"Aí eu já conseguia aplicar R$ 1.000 por mês e percebi que precisava fazer uma gestão mais ativa dos meus investimentos", diz.

Ao terminar o mestrado, Gabriela passou a dar aulas e, em paralelo, consultoria financeira. Ela também estudou marketing digital porque começou a produzir conteúdos para a internet e quando entrou no doutorado, recebeu o convite da Suno Research.

Única mulher de uma equipe de analistas

Hoje, Gabriela é uma das principais porta-vozes da casa de investimentos e também possui um canal com mais de 30 mil inscritos, além de ser colunista do UOL. É a única mulher na equipe de analistas seniores da Suno e ao mesmo tempo em que seleciona carteiras de investimento, produz conteúdo sobre educação financeira.

"Como falar para alguém guardar dinheiro? Foca no benefício que ela vai ter com isso. Quando a gente percebe que economizar realiza sonhos, a gente começa a moldar a nossa vida para cuidar do dinheiro", afirma.

Da estagiária que juntou dinheiro para investir, à bancária que pediu demissão para poder viajar, a Gabriela que hoje é analista diz que nada disso teria sido possível sem disciplina. "Se eu não tivesse tido controle financeiro, eu não teria tido coragem de fazer tudo o que fiz e provavelmente não estaria aqui", diz.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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