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Investidores entraram na Bolsa com R$ 352 em 2021, menor valor da história

Raphael Coraccini

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/08/2021 15h52

Um levantamento feito pela B3, empresa que administra a Bolsa de Valores de São Paulo, aponta que o primeiro investimento médio mensal das pessoas físicas na Bolsa foi de R$ 352 no primeiro semestre de 2021. O valor é o menor da história e é três vezes menor que o registrado ao final de 2020, quando a média foi R$ 985. O primeiro semestre do ano registrou um crescimento de 43% de novos investidores na B3, em relação ao mesmo período de 2020, e soma 3,2 milhões de CPFs.

Esse crescimento no número de investidores e queda no valor de entrada devem-se à percepção das pessoas de que é possível acessar investimentos em renda variável com pouco dinheiro. "Pessoas cada vez mais jovens e de outras regiões do país vêm percebendo as oportunidades de investir na Bolsa, com valores que cabem no bolso", diz Felipe Paiva, diretor de Relacionamento e Pessoa Física da B3. Veja abaixo mais dados sobre o estudo.

Mulheres começam com mais

As mulheres, que representam 30% dos investidores da Bolsa, têm registrado aportes iniciais maiores do que os dos homens. Elas entraram com um valor médio de R$ 481 contra R$ 303 deles. Em 2014, por exemplo, a média do valor inicial das mulheres quando entravam na Bolsa era de R$ 6 mil contra R$ 4 mil dos homens.

Novos investidores são da região Nordeste

O estudo mostra que 50% dos entrantes têm entre 25 e 39 anos, e boa parte dos novos investidores entre todas as idades vem de fora da região Sudeste. A região Norte do país viu o número de investidores pessoa física subir 575% desde o começo do ano, o maior crescimento do país.

O Nordeste anotou aumento de 486% no número de pessoas que têm dinheiro aplicado na Bolsa.

Volume de negócios

Com a chegada de novos investidores, o volume de negócios diários em renda variável subiu 26% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 14 bilhões.

Mesmo diante da mudança na taxa de juros registrada desde o fim do primeiro trimestre, que favorece a renda fixa e poderia afastar o investidor da Bolsa, o primeiro semestre mostrou que o investidor não desistiu da renda variável.

As ações e os fundos imobiliários são os principais produtos de entrada desse investidor, segundo a B3, com um crescimento de 38% e 56%, respectivamente, em relação a todo ano de 2020.

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