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Eletrobras: ações sobem com julgamento de privatização previsto para hoje

Getty Images
Imagem: Getty Images

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/04/2022 12h10

As ações da Eletrobras (ELET3/ELET6) têm apresentado alta na manhã desta quarta-feira (20), impulsionadas pelo fato de que o Tribunal de Contas da União (TCU) começa a julgar hoje, às 14h30, a segunda e última etapa do processo da estatal. O governo aguarda o aval definitivo do tribunal até 13 de maio, para tentar viabilizar a privatização ainda neste ano.

Por volta das 11h34, a ação preferencial ELET6 subia 2%, negociada a R$ 41,22. Já a ação ordinária ELET3 valorizada 1,35%, cotada a R$ 41,15. Vale ressaltar que quando há um possível avanço no processo de privatização da empresa, a maior companhia elétrica do Brasil, as ações sobem. Por outro lado, quando há um possível retrocesso, os papéis caem.

Veja detalhes do julgamento que ocorre nesta tarde e se vale a pena investir em ações da Eletrobras diante desse cenário, segundo especialistas ouvidos pelo UOL.

Frente ao julgamento, o mercado aguarda uma definição acerca da duração do pedido de vista (mais tempo para análise do processo), que será dado ao ministro do TCU, Vital do Rêgo. Na terça-feira (19), o gabinete do ministro informou que ele pedirá vista de 60 dias.

Quem decide sobre o pedido, no entanto, é o plenário do TCU. Se for um período muito longo, as ações devem cair, de acordo com os analistas. Se não for, podem subir. Isso porque o pedido de vista de 60 dias que o ministro Vital diz que pedirá, se efetuado, deverá inviabilizar a conclusão da privatização da Eletrobras neste ano.

Com esse sobe e desce, vale a pena investir em Eletrobras?

"O fator político sempre pesa muito nas ações de estatais", afirma Celson Placido, analista da Warren.

Responsável por 30% da geração de energia no Brasil, a Eletrobras pode até dobrar de valor de mercado com a privatização, o que seria um ótimo negócio aos investidores.

Mas se o processo não avançar, ela não se torna tão atraente assim. "O problema é que o mercado já vem há algum tempo embutindo a privatização no preço da ação", declara Marcio Loréga, analista do PagBank. Então, se o processo não avançar, as ações devem desvalorizar.

Aos investidores mais agressivos, a Mirae Asset recomenda comprar os papéis da Eletrobras. A instituição financeira estabelece o preço-alvo de R$ 49,97, acreditando na valorização da companhia de energia elétrica.

O Banco Safra também tem recomendação de compra, mas com preço estimado ainda mais alto: de R$ 55,30. O Bank of America (BofA) cortou o preço-alvo dos papéis da Eletrobras para R$ 53, ante R$ 55 anteriores —mas continua recomendando a aquisição das ações.

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