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Economia espanhola confirma pequena recuperação

27/02/2014 16h09

MADRI, 27 Fev 2014 (AFP) - O Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha avançou 0,2% no quarto trimestre de 2013, confirmando uma tímida saída da recessão, mas, em todo o ano, se contraiu 1,2% em um país minado por um desemprego recorde, segundo as cifras oficiais definitivas publicadas nesta quinta-feira.

Essas cifras do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam uma pequena aceleração da recuperação no último trimestre, levemente inferior, contudo, às previsões e muito frágil para permitir a criação de empregos em um país que tem um desemprego de 26%.

Com um crescimento de 0,2% no último trimestre (o INE previa 0,3%), o PIB se mantém em uma queda de 1,2% no conjunto do ano, mas confirma a saída do país de sua segunda recessão em cinco anos, que se iniciou no terceiro trimestre com uma alta de 0,1% do PIB.

O governo de direita, que há dois anos realiza uma política de austeridade sem precedentes para sanear as contas públicas, espera manter esta recuperação e prevê agora um crescimento de 1% para 2014. Até agora a previsão era de 0,7%.

"A previsão é que alcancemos um crescimento de 1% para 2014 e 1,5% para 2015", afirmou na terça-feira o chefe do governo, Mariano Rajoy.

Esta melhora deve, segundo ele, se traduzir em 2014 na "criação líquida de emprego", que terá "um ritmo ainda moderado neste ano, sim, mas que se acentuará de forma mais intensa em 2015".

Ele fez uma alerta, contudo, contra qualquer "triunfalismo" enquanto o desemprego continuar em um nível recorde de 26,03% da população ativa.

A frágil demanda interna continua sendo o principal freio para uma recuperação mais firme, embora tenha registrado "uma variação anual menos negativa no quarto trimestre de 2013", destaca o INE.

A demanda externa se mantém positiva no quarto trimestre, mas em menor grau, acrescentou o INE.

Contudo, o dinamismo das exportações, que ajudaram a amortizar o impacto da crise baseada no menor gasto dos espanhóis, continua sendo essencial para consolidar a volta ao crescimento.

Com uma alta de 5,2% a 234,24 bilhões de euros, as exportações alcançaram em 2013 um novo pico histórico, apesar de esta alta ter se desacelerado no final do ano.

Por outro lado, em dezembro, as importações cresceram 5,6% em relação a dezembro de 2012 a 20,14 bilhões de euros, sinal de que começa a ter certo movimento no consumo das famílias.

Isso "apontaria para uma recuperação da demanda interna e o começo da fase de crescimento", sobretudo, considerando a alta nas importações de bens de capital, que subiram 19,7%, afirmou o Ministério da Economia ao publicar estas cifras dia 21 de fevereiro.