IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Ministro argentino pede a empresários americanos que mantenham investimentos no país

12/04/2014 17h12

WASHINGTON, 12 Abr 2014 (AFP) - O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, participou de uma reunião em Washington com representantes de grandes empresas americanas, pedindo para serem mantidos os investimentos em seu país, baseados na rentabilidade, e não em "prognósticos errados", informou neste sábado a pasta.

O ministro "aprecia que as empresas continuem tomando as decisões de investimento no país com base na rentabilidade demonstrada e nas novas oportunidades que o nosso mercado apresenta, não se deixando influenciar por prognósticos errados", afirma um comunicado divulgado pelo ministério.

Kicillof encontrou na noite de sexta-feira representantes de 35 empresas, entre elas Chevron, Exxon, Halliburton, General Motors, Cargill, IBM, Dell, Coca-Cola, General Electric, Dow Chemical, Boeing e Nike.

De acordo com a pasta, as companhias representadas geraram mais de 50.000 empregos na Argentina, onde investiram mais de 19 bilhões de dólares.

Na reunião, o ministro traçou um panorama das perspectivas para a economia de seu país, em particular da inclusão social e da recomposição da indústria.

O governo argentino prevê um alta de 6,2% do PIB para este ano, contrastando fortemente com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que aponta um crescimento de 0,5%.

A Argentina enfrenta dificuldades em atrair financiamento externo desde a moratória de 2002, e realiza um esforço visível para se reintegrar aos mercados financeiros. Um exemplo disto é a sua reaproximação do FMI, Banco Mundial e Clube de Paris.

Kicillof também se encontrou nesta semana, em Washington, com o economista-chefe do FMI para a América Latina, Alejandro Werner.

Segundo Werner, houve "avanços importantes", em especial a elaboração de novos indicadores de inflação e aumento do PIB na Argentina.

Apesar de a possibilidade das missões do Fundo serem retomadas naquele país não ter sido discutida, Werner garante que foi explicado ao ministro que, quando o governo argentino considerar oportuno, o FMI estará disponível para as negociações.