IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Dilma: ampliação do Brics não está na agenda da cúpula no Brasil

11/07/2014 22h02

BRAS¯LIA, 12 Jul 2014 (AFP) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que a eventual ampliação do grupo de potências emergentes Brics - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - para novos membros não está na agenda de discussão da cúpula que acontece na terça que vem.

A ampliação do Brics "não está na discussão" prevista para a cúpula, que acontece em 15 de julho em Fortaleza - disse a presidente, em um encontro com correspondentes estrangeiros no Palácio da Alvorada.

A presidente Dilma comemorou o que considerou o principal legado dessa cúpula.

"Queríamos duas coisas, há um ano e meio: o novo Banco de Desenvolvimento do Brics e o acordo de reservas. Nessa cúpula, ambos vão nascer", revelou Dilma, acrescentando que "concluímos o acordo".

O Banco do Brics que deve ser lançado na semana que vem se destinará ao financiamento de infraestrutura e contará com um capital de US$ 50 bilhões, dos quais US$ 10 bilhões serão entregues em dinheiro pelos países em partes iguais - segundo fontes do Ministério da Fazenda do Brasil.

O acordo de reservas, que buscou inspiração no fundo europeu de garantias, já está negociado. Os países do grupo se comprometem a pôr à disposição US$ 100 bilhões das respectivas reservas internacionais, em caso de problemas na balança de pagamentos de um deles. A China contribuirá com US$ 41 bilhões para o fundo; Brasil, Rússia e Índia, com US$ 18 bilhões cada um; e a África do Sul, com US$ 5 bilhões.

Na quarta-feira, dia 16, os presidentes do Brics vão receber os presidentes sul-americanos em uma reunião em Brasília.

Dilma disse que convidou os países sul-americanos, repetindo o gesto do último anfitrião, o sul-africano Jacob Zuma, que chamou os africanos para uma reunião à parte com os líderes do Brics.

Na cúpula, Dilma receberá os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da China, Xi Jinping, e da África do Sul, Jacob Zuma, além do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.