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Paciente com Ebola no Texas toma soro experimental

06/10/2014 20h13

WASHINGTON, 06 Out 2014 (AFP) - Um homem de nacionalidade liberiana, diagnosticado com Ebola no Texas, tomou um medicamento experimental pela primeira vez, informaram autoridades nesta segunda-feira, enquanto a Casa Branca adotou medidas de triagem mais intensas dentro do país e no exterior.

Thomas Eric Duncan recebeu a medicação em teste, chamada brincidofovir, no sábado, no dia em que seu estado de saúde passou de grave a crítico, informou o Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas.

Segundo a empresa, o remédio é produzido pela companhia Chimerix, com sede na Carolina do Norte, e até agora nunca tinha sido testado em humanos com Ebola.

No entanto, foi testado em cerca de 1.000 pessoas com adenovírus e citomegalovírus.

A droga "trabalha evitando que os vírus criem cópias adicionais de si próprios", disse Chimerix.

Duncan é a primeira pessoa diagnosticada com Ebola nos Estados unidos, e acredita-se que tenha sido infectado na Libéria.

Atualmente, o oeste da África enfrenta a maior epidemia de Ebola de sua história, com mais de 3.400 mortos desde o início do ano.

Enquanto isso, o presidente foi atualizado por conselheiros de saúde e segurança sobre a situação no Texas e sobre as medidas americanas para enfrentar o Ebola.

Obama afirmou que os riscos de uma epidemia de Ebola surgir no Estados Unidos são "extremamente baixos", mas prometeu pressionar os líderes mundiais para acelerar a luta mundial contra a epidemia mortal na África.

"Não vimos outros países agirem tão agressivamente quando precisavam", afirmou Obama.

"Eu vou colocar pressão sobre meus colegas, chefes de Estado e de governo, em todo o mundo, para assegurar que estejam fazendo tudo o que podem para se unir a nós neste esforço", prosseguiu.

Ele disse que os Estados Unidos estão avaliando medidas de triagem aeroportuárias mais rígidas para conter a disseminação de casos por pessoas que viajam de avião.

"Também vamos trabalhar em protocolos para fazer triagens adicionais de passageiros, tanto na origem quanto aqui nos Estados Unidos", disse Obama a jornalistas.

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