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Petróleo tem forte queda em Nova York, a 74,61 dólares o barril

18/11/2014 20h12

NOVA YORK, 18 Nov 2014 (AFP) - Os preços do petróleo fecharam com forte queda em Nova York nesta terça-feira em um mercado em dúvida sobre os resultados da reunião da Opep no fim do mês em Viena.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em dezembro caiu 1,03 dólar, a 74,61 dólares no New York Mercantile Exchange(Nymex).

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro caiu 84 centavos, a 78,47 dólares.

Já no início do dia a pequena queda dos preços se aprofundou em um mercado ansioso pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no dia 27 de novembro em Viena.

Os doze membros do cartel devem discutir no encontro uma redução da cota de produção, de 30 milhões de barris diários. Apesar da queda nas cotações desde junho, os integrantes da Opep não parecem dispostos a realizar o corte conjunto na produção. desde junio, no muestran voluntad de tomar una decisión en conjunto toda vez que algunos productores prefieren cuidar sus partes de mercado a aumentar los precios.

"Os últimos rumores no mercado indicam que a Venezuela e a Rússia (que não é membro da Opep) querem unir forças para tratar defender os preços através de uma redução na produção do cartel", disse Matt Smith, da Schneider Electric.

A Venezuela lançou uma ofensiva em busca de apoio dentro e fora da Opep para tentar estabilizar os preços do cru e reduzir sua vulnerabilidade financeira.

Embora o presidente Nicolás Maduro garanta que a Venezuela está preparada para qualquer redução no preço do barril, o chanceler venezuelano, Rafael Ramírez, fez visitas a vários países da Opep na semana passada para tentar reverter o movimento de queda, que no caso venezuelano chega a 23% de seu valor em três meses.

Ramírez visitou Argélia, Catar, Irã e Rússia. Antes esteve no México e recebeu na Venezuela o ministro do Petróleo saudita.

Há no interior do cartel opiniões convergentes sobre um corte nas cotas de produção, que atualmente tem um teto de 30 milhões de barris por dia.

Um bloco liderado pela Arábia Saudita, principal produtor com mais de 9,7 milhões de barris diários, não parece disposto a diminuir a extração porque perderia mercado para os produtores de fora da Opep em uma eventual tentativa de reduzir a oferta global de cru.

Os sauditas decidiram inclusive reduzir seus preços para os Estados Unidos, a fim de competir com o boom do petróleo no país. Em contrapartida, aumentaram o valor cobrado dos clientes asiáticos.

Mas outro grupo de países, como Venezuela, Equador e Kuwait, quer que sejam tomadas decisões pelo corte da produção na reunião da Opep em Viena, no dia 27 de novembro.

O Irã também se une à corrente de mudança das cotas, mas com o interesse de recuperar espaço no mercado, perdido para a Arábia Saudita por causa das sanções internacionais.