Mercosul e Aliança do Pacífico buscam parceira flexível mas não tarifária
SANTIAGO, 24 Nov 2014 (AFP) - O Mercosul e a Aliança do Pacífico, dois blocos econômicos de orientações distintas, buscaram nesta segunda-feira no Chile possibilidades de integração gradual e flexível, mas não tarifárias.
Com dois oceanos margeando suas costas, o Atlântico e o Pacífico, e visões distintas sobre o livre comércio, os dois blocos normalmente são vistos como antagônicos.
Mas nesta segunda-feira, chanceles do Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela -com um viés protecionista- e da Aliança do Pacífico, com Chile, Peru, Colômbia e México e uma conduta muito mais liberal, tentam superar os preconceitos e avançar à integração econômica.
"Devemos deixar de uma vez por todas de lado o preconceito que existe entre os dois blocos, que se contrapõem e não dialogam", propôs a presidente do Chile, Michelle Bachelet, principal incentivadora da iniciativa, na reunião em Santiago.
"O Mercosul e a Aliança do Pacífico respondem a modelos econômicos e formas distintas de inserção na economia, constituem dois componentes essenciais, cuja convergência gradual e pragmática outorgaria importantes benefícios aos países integrantes de cada um dos blocos", disse o chanceler chileno, Heraldo Muñoz.
Não obstante, acrescentou, "sabemos que não será uma tarefa simples. Não estamos buscando expectativas desmedidas".
- Tarifas à parte -
Por enquanto, as negociações estão concentradas em um avanço gradual e flexível em questões como a mobilidade de pessoas, a integração energética e de infraestrutura, entre outros em que os dois blocos já avançaram.
"São dois processos que se completam no sentido de que estão na mesma região e de que buscam algo muito parecido, que é a integração", disse o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo.
Não está planejada a criação de um bloco conjunto nem uma integração tarifária entre ambos.
Enquanto a Aliança do Pacífico liberalizou mais de 90% dos produtos entre seus membros, o Mercosul tem uma tarifa externa comum que varia de 0 a 20%, mas com livre circulação de bens e serviços entre os países-membros.
"Não é realista postular hoje uma integração em matéria tarifária, mas, sim, podemos avançar em outras áreas", disse Bachelet.
A digitalização de trâmites aduaneiros, a mobilidade de pessoas, a interconexão elétrica e a internacionalização de pequenas e médias empresas são algumas das áreas de potencial convergência entre os dois blocos.
A ideia é aproveitar as condições naturais da América Latina para incrementar o comércio com a Ásia, a região mais interessada em matérias-primas produzidas na América Latina.
"Nossa condição bioceânica é uma vantagem estratégica", disse o chanceler chileno.
Com dois oceanos margeando suas costas, o Atlântico e o Pacífico, e visões distintas sobre o livre comércio, os dois blocos normalmente são vistos como antagônicos.
Mas nesta segunda-feira, chanceles do Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela -com um viés protecionista- e da Aliança do Pacífico, com Chile, Peru, Colômbia e México e uma conduta muito mais liberal, tentam superar os preconceitos e avançar à integração econômica.
"Devemos deixar de uma vez por todas de lado o preconceito que existe entre os dois blocos, que se contrapõem e não dialogam", propôs a presidente do Chile, Michelle Bachelet, principal incentivadora da iniciativa, na reunião em Santiago.
"O Mercosul e a Aliança do Pacífico respondem a modelos econômicos e formas distintas de inserção na economia, constituem dois componentes essenciais, cuja convergência gradual e pragmática outorgaria importantes benefícios aos países integrantes de cada um dos blocos", disse o chanceler chileno, Heraldo Muñoz.
Não obstante, acrescentou, "sabemos que não será uma tarefa simples. Não estamos buscando expectativas desmedidas".
- Tarifas à parte -
Por enquanto, as negociações estão concentradas em um avanço gradual e flexível em questões como a mobilidade de pessoas, a integração energética e de infraestrutura, entre outros em que os dois blocos já avançaram.
"São dois processos que se completam no sentido de que estão na mesma região e de que buscam algo muito parecido, que é a integração", disse o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo.
Não está planejada a criação de um bloco conjunto nem uma integração tarifária entre ambos.
Enquanto a Aliança do Pacífico liberalizou mais de 90% dos produtos entre seus membros, o Mercosul tem uma tarifa externa comum que varia de 0 a 20%, mas com livre circulação de bens e serviços entre os países-membros.
"Não é realista postular hoje uma integração em matéria tarifária, mas, sim, podemos avançar em outras áreas", disse Bachelet.
A digitalização de trâmites aduaneiros, a mobilidade de pessoas, a interconexão elétrica e a internacionalização de pequenas e médias empresas são algumas das áreas de potencial convergência entre os dois blocos.
A ideia é aproveitar as condições naturais da América Latina para incrementar o comércio com a Ásia, a região mais interessada em matérias-primas produzidas na América Latina.
"Nossa condição bioceânica é uma vantagem estratégica", disse o chanceler chileno.
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