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América Latina crescerá apenas 0,2% en 2016, aponta Cepal

17/12/2014 13h58

Santiago, 17 dez 2015 (AFP) - A América Latina crescerá apenas 0,2% em 2016 após registrar essa expansão desde 2009, com uma queda do PIB de 0,4% em média, puxada pelo mau desempenho das economias sul,especialmente do Brasil, segundo um relatório da Cepal.

"As economias da América Latina e Caribe terão um retrocesso de 0,4% em média em 2015 e crescerão somente 0,2% no ano que vem, impactadas por um complexo cenário externo", de acordo com o balanço anual da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), organismo técnico das Nações Unidas com sede em Santiago.

Os cenários e riscos enfrentados pela economia mundial "sem dúvida condicionarão" o desempenho da região no ano que vem, alerta Cepal.

Sobre o contexto externo, Cepal lembra que se prevê que o crescimento global "se mantenha lento" e chegue a 2,9%, enquanto "persiste a incerteza sobre a China -um dos principais parceiros comerciais da região- país que continuará desacelerando até 6,4%".

Em matéria financeira, a Cepal explica que no ano que vem "persistirão a volatilidade e a incerteza observadas em 2015", o que fará que "algumas economias emergentes continuem tendo dificuldades para obter recursos nos mercados internacionais".

A isso se soma a persistente valorização do dólar e o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos.

O Brasil, com queda de 2,0% do PIB, e a Venezuela (-7,0%) prejudicaram o crescimento da região.

Já a América Central cresce 4,3%, enquanto o Caribe de língua inglesa se expande 1,6%.

De acordo com as estimativas da Cepal, o Panamá liderará o crescimento regional no ano que vem com uma expansão de 6,2%, seguido por Dominica e República Dominicana (5,2%), São Cristóvão e Neves (4,7%) e Bolívia (4,5%). Prevê-se que a Nicarágua crescerá 4,3%, enquanto Cuba terá uma expansão de 4,2%, a Guatemala de 4,0%, o Peru de 3,4%, Costa Rica e Honduras 3,3%, Colômbia e Paraguai 3,0%, México 2,6%, Haiti 2,5%, El Salvador 2,4%, Chile 2,1%, Uruguai 1,5%, Argentina 0,8% e Equador 0,3%.