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FMI designará seu próximo diretor-gerente até início de março

21/01/2015 10h16

Washington, 21 Jan 2016 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta quarta-feira que designará seu próximo diretor-gerente até o início de março, um cargo ao qual a atual diretora, a francesa Christine Lagarde, volta a aspirar.

As candidaturas têm que se ser apresentadas entre esta quinta-feira e o dia 10 de fevereiro. O conselho de administração do Fundo, que representa seus 188 Estados membros, prevê tomar uma decisão até 3 de março, indica a instituição em um comunicado.

Christine Lagarde, nomeada em julho de 2011 para um mandato de cinco anos, disse em várias ocasiões que está aberta à ideia de voltar a se apresentar.

"Estou disposta a servir", disse em outubro a dirigente, que sucedeu o também francês Dominique Strauss-Kahn.

Lagarde se viu envolvida em um caso judicial sobre uma multimilionária arbitragem que favoreceu o empresário Bernard Tapie em 2008, quando ela era ministra das Finanças. Apesar disso, continua tendo o apoio do FMI.

A instituição quer um processo de designação "aberto, baseado no mérito e transparente", indicou o comunicado.

O ministro britânico das Finanças, George Osborne, já deu seu apoio a Lagarde, "uma dirigente excepcional", disse em uma mensagem no Twitter.

A Alemanha também apoiou sua candidatura e o ministro das Finanças Wolfgang Schauble afirmou que é "uma gestora de crise circunspecta e coroada de êxitos num momento difícil após a crise financeira".

Segundo uma regra não escrita, os países europeus designam o diretor-gerente do FMI, enquanto os Estados Unidos se reservam a presidência do Banco Mundial.

No entanto, em 2011 Lagarde precisou enfrentar a candidatura do presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens.

Segundo a edição de quarta-feira da revista francesa Le Canard Enchainé, diante dos problemas judiciais de Lagarde, a França estaria estudando apoiar a candidatura do franco-marfinense Tidjane Thiam, presidente do Credit Suisse.

No entanto, o interessado desmentiu a informação em uma entrevista à CNBC em Davos e disse estar muito concentrado em seu trabalho na Credit Suisse.

"Só tenho uma estratégia na minha carreira, a de fazer bem meu trabalho", disse.

jt-pn/jh/pc/app/ma

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