FMI elege novo diretor e Lagarde pede apoio para novo mandato
Washington, 21 Jan 2016 (AFP) - A francesa Christine Lagarde ainda não se candidatou para seguir à frente do FMI, mas já pediu apoio nesta quinta-feira, quando foi aberta a nomeação de candidatos.
O ministro britânico das Finanças, George Osborne, foi o primeiro a apoiar Lagarde, que assumiu em 2011 o cargo de diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Ficaria encantado de apoiar Lagarde para um novo mandato à direção do FMI. Ela é uma notável dirigente, com visão e sagacidade", avaliou Osborne na abertura da recepção de candidaturas.
Seu homólogo alemão Wolfgang Schäuble se uniu ao tom positivo, dizendo que Lagarde foi "uma gestora de crise prudente e coroada pelo êxito em um momento difícil". O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, também manifestou seu apoio à ex-ministra francesa da Economia.
O secretário americano do Tesouro Jacob Lew, disse ter "a mais alta estima" por Lagarde, que tem apenas seis meses de seu mandato, e disse que espera "poder continuar trabalhando" com ela.
Lagarde, que em reiteradas ocasiões disse estar "aberta" a repetir o seu mandato, ainda não apresentou formalmente sua candidatura, mas declarou nesta quinta-feira, em uma entrevista à CNN International, sentir-se "lisonjeada" por essas expressões de apoio.
Prazo muito apertadoA partir desta quinta-feira e até 10 de fevereiro poderão ser apresentadas as candidaturas.
É o comitê executivo do FMI, composto por 24 membros que devem representar os 188 Estados-membros, que tomará a decisão final e o novo diretor-gerente será anunciado no início de março.
O prazo de nomeação é muito apertado, e o FMI fez um chamado para que o processo seja "aberto, baseado no mérito, e transparente", baseado no mesmo modelo que em 2011, quando o mexicano Agustín Carstens, do Banco do México disputou o cargo com Lagarde.
Se a francesa se apresenta como candidata não é certo que alguém se atreva a desafiá-la, já que essa seria uma batalha quase perdida de antemão, ao contar com o apoio de grandes potências.
E com a regra tácita que reserva à direção do FMI a um europeu, é pouco provável que um país emergente lance candidatura própria.
Mark Carney, do Banco da Inglaterra, e Raghuram Rajan, do Banco da Índia, que pareciam possíveis candidatos, desmentiram a intenção de participar da eleição.
Sob o mandato de Lagarde a instituição internacional sofreu uma importante reforma de governança, mas não pôde evitar uma moratória de sua história com a Grécia e foi acusada de assumir um viés político ao declarar seu apoio à Ucrânia.
Há, contudo, uma dúvida sobre o futuro de Lagarde: a justiça francesa decidiu processá-la em dezembro por uma controversa e multimilionário arbitragem que favoreceu o empresário Bernard Tapie em 2008, quando era ministra das Finanças na França.
Apesar disso, Lagarde, que recorreu da decisão, recebeu o apoio do comitê executivo do FMI.
jt-bur/jld/are/fr/gm/cc/mvv
CREDIT SUISSE GROUP
TWITTER
O ministro britânico das Finanças, George Osborne, foi o primeiro a apoiar Lagarde, que assumiu em 2011 o cargo de diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Ficaria encantado de apoiar Lagarde para um novo mandato à direção do FMI. Ela é uma notável dirigente, com visão e sagacidade", avaliou Osborne na abertura da recepção de candidaturas.
Seu homólogo alemão Wolfgang Schäuble se uniu ao tom positivo, dizendo que Lagarde foi "uma gestora de crise prudente e coroada pelo êxito em um momento difícil". O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, também manifestou seu apoio à ex-ministra francesa da Economia.
O secretário americano do Tesouro Jacob Lew, disse ter "a mais alta estima" por Lagarde, que tem apenas seis meses de seu mandato, e disse que espera "poder continuar trabalhando" com ela.
Lagarde, que em reiteradas ocasiões disse estar "aberta" a repetir o seu mandato, ainda não apresentou formalmente sua candidatura, mas declarou nesta quinta-feira, em uma entrevista à CNN International, sentir-se "lisonjeada" por essas expressões de apoio.
Prazo muito apertadoA partir desta quinta-feira e até 10 de fevereiro poderão ser apresentadas as candidaturas.
É o comitê executivo do FMI, composto por 24 membros que devem representar os 188 Estados-membros, que tomará a decisão final e o novo diretor-gerente será anunciado no início de março.
O prazo de nomeação é muito apertado, e o FMI fez um chamado para que o processo seja "aberto, baseado no mérito, e transparente", baseado no mesmo modelo que em 2011, quando o mexicano Agustín Carstens, do Banco do México disputou o cargo com Lagarde.
Se a francesa se apresenta como candidata não é certo que alguém se atreva a desafiá-la, já que essa seria uma batalha quase perdida de antemão, ao contar com o apoio de grandes potências.
E com a regra tácita que reserva à direção do FMI a um europeu, é pouco provável que um país emergente lance candidatura própria.
Mark Carney, do Banco da Inglaterra, e Raghuram Rajan, do Banco da Índia, que pareciam possíveis candidatos, desmentiram a intenção de participar da eleição.
Sob o mandato de Lagarde a instituição internacional sofreu uma importante reforma de governança, mas não pôde evitar uma moratória de sua história com a Grécia e foi acusada de assumir um viés político ao declarar seu apoio à Ucrânia.
Há, contudo, uma dúvida sobre o futuro de Lagarde: a justiça francesa decidiu processá-la em dezembro por uma controversa e multimilionário arbitragem que favoreceu o empresário Bernard Tapie em 2008, quando era ministra das Finanças na França.
Apesar disso, Lagarde, que recorreu da decisão, recebeu o apoio do comitê executivo do FMI.
jt-bur/jld/are/fr/gm/cc/mvv
CREDIT SUISSE GROUP
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.