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Curdos retomam campo de petróleo e povoados ocupados pelo EI no Iraque

31/01/2015 18h29

Kirkuk, Iraque, 31 Jan 2015 (AFP) - Forças de combate curdas, juntamente com a polícia, conseguiram retomar neste sábado um campo de petróleo na região de Kirkuk, no norte do Iraque, que estava sob controle do grupo Estado Islâmico (EI), e libertaram cerca de 24 trabalhadores feitos reféns.

"As forças Peshmerga [de combatentes curdos] e a polícia libertaram o campo de Khubbaz há pouco e puderam entrar depois de tê-lo cercado durante horas", disse o general de brigada Sarhad Qader, que informou que oito povoados próximos de Kirkuk também foram reconquistados.

O general curdo Westa Rasul informou que o campo estava sob controle do grupo EI na sexta-feira à noite, quando 24 trabalhadores foram sequestrados.

Uma fonte policial informou que a libertação foi retardada, pois temia-se que houvesse explosivos no cativeiro onde estavam os trabalhadores.

Neste sábado, combatentes curdos perderam um comandante e o general Hussein Mansur, a segunda baixa de alta hierarquia provocada pelo EI nas últimas 48 horas.

A coalizão liderada por Estados Unidos executou 10 bombardeios entre sexta-feira e sábado contra posições do EI em Kirkuk. Desde junho, o grupo extremista controla extensas áreas do território iraquiano.

O grosso da produção de petróleo do Iraque vem dos campos do sul do país, mas o governo considera em suas projeções anuais de orçamento que receberá cerca de 300.000 barris diários desta província.

Enquanto isso, na Síria, onde o EI se aproveitou do caos da guerra para tomar o controle de grandes áreas, os combates prosseguiam ao redor da cidade de Kobane, de onde os curdos sírios conseguiram expulsar os jihadistas no começo da semana.

Os combatentes curdos controlam atualmente 17 das centenas de povoados e aldeias nas imediações de Kobane, enquanto o EI continua bem posicionado no sudeste e no sudoeste.

Um veículo próximo dos islamitas noticiou em um vídeo que eles tinham deixado Kobane, devido às incursões aéras da coalizão internacional, mas que estariam decididos a voltar, segundo a página na internet do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).