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Banco Mundial aponta aumento nos pedidos de financiamento na América do Sul

09/02/2015 17h23

Lima, 9 Fev 2015 (AFP) - O Banco Mundial apontou nesta segunda-feira uma maior quantidade de pedidos de financiamento nos países sul-americanos, afetados pela queda no preço das matérias-primas, em um contexto de contração da demanda devido à desaceleração da economia global.

"Achamos que pode haver um aumento nas demandas de financiamento pelas novas circunstâncias econômicas" disse nesta segunda-feira Alberto Rodríguez, diretor para Bolívia, Chile, Peru e Venezuela do Banco Mundial à imprensa estrangeira em Lima.

"É possível que nos peçam investimentos pontuais para alavancar os investimentos públicos em meio a uma diminuição dos recursos públicos (pela queda no preço das matérias-primas), acrescentou, embora não tenha precisado a magnitude na ampliação desses pedidos.

Rodríguez explicou que o Banco Mundial já tem investimentos substantivos de apoio ao setor público na América do Sul no Peru,, com 1,3 bilhão de dólares; na Bolívia, com 500 milhões de dólares; no Equador, com 300 milhões de dólares -que inclui o metrô de Quito-; e no Chile, com 50 milhões de dólares, entre outros.

Rodríguez participa das reuniões orçamentárias para a reunião de presidentes de bancos centrais e ministros da Fazenda de 188 países do mundo, que será realizada em outubro em Lima.

Explicou que um dos temas centrais que abordará sobre a América Latina será a diversificação de suas atividades produtivas, para que o continente não caia na armadilha de un crescimento econômico baseado em um bom desempenho das matérias-primas, expondo-se à instabilidade da demanda global.

Outro dos temas da reunião de outubro será o crescimento inclusivo e o uso da tecnologia para o desenvolvimento.

O funcionário lembrou que a desaceleração econômica que afeta os países emergentes responde principalmente a uma maior demanda de China -maior consumidora de matérias-primas do mundo- e Estados Unidos -maior economia global- em meio a uma desaceleração de suas atividades econômicas.

Rodríguez explicou que se prevê que o crescimento da China seja menor do que dois dígitos por um bom tempo. Já os Estados Unidos apresentam perspectivas de recuperação mais otimistas.