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Forte rebote das Bolsas europeias, temperado por discurso do Fed

10/02/2015 18h44

Londres, 10 Fev 2016 (AFP) - Estimuladas pelos valores bancários, as Bolsas europeias recuperavam nesta quarta-feira parte do terreno perdido nas quedas do início da semana, embora tenham dispersado parte desse vigor após um discurso pouco otimista da presidente do Federal Reserve americano (Fed).

Wall Street abriu com essa mesma tendência, mas o índice Dow Jones logo mostrou sinais de dúvida, a -0,05% pouco antes do meio-dia. Já o Nasdaq ganhava 1,05%.

Na Europa, o FTSE-100 de Londres subiu 0,71%; o DAX-30 de Frankfurt, 1,55%; e o CAC-40 de Paris, 1,59%. Os maiores avanços foram registrados no FTSE-Mib de Milão, com 5,03%; e no Ibex-35 de Madri, com 2,73%.

As praças asiáticas sofreram um novo tropeço, pelos temores de uma recessão econômica global: Tóquio caiu 2,31%, depois de ter despencado 5,40% na terça.

O alívio foi liderado pelo setor bancário, o mais criticado nos últimos dias.

As ações do banco alemão Deutsche Bank, que entre segunda e terça haviam perdido mais de 3%, fecharam com alta de 10,2% na Bolsa de Frankfurt, por rumores do lançamento de um programa de recompra de sua própria dívida.

O entusiasmo era generalizado.

Em Paris, o BNP Paribas subiu 4,89%, e o Société Générale, 8,99%. Em Milão, Intesa Sanpaolo disparou 14,45%, e Unicredit, 11,91%. Em Madri, o Banco Popular avançava 5,80%, e o Santander, o primeiro banco europeu em volume de capitalização, 5,15%.

"A Europa está tentando se recompor, liderada pelo setor financeiro, depois das recentes quedas", afirmou o diretor de investimentos Russ Mould, da corretora AJ Bell.

O especialista mostrou, porém, certo ceticismo quanto à solidez da tendência.

"Falta ver se se trata de algo mais do que de um falso rebote. Mas, como possivelmente tem a ver com o petróleo e com os papéis bancários, qualquer aumento sustentado do preço do cru seria bem-vindo", acrescentou.

Fed desmancha-prazeresAs Bolsas europeias sofreram um recuo nas cotações matinais, depois de uma intervenção da presidente do Fed, Janet Yellen, que manifestou sua preocupação com o impacto do desaquecimento da economia mundial no desempenho dos Estados Unidos.

Em declarações no Congresso americano, em Washington, Yellen também destacou "as incertezas sobre a política cambial" da China, que aumentam "a volatilidade dos mercados financeiros".

Os mercados vigiam cada uma de suas palavras para tentar se proteger diante de um novo possível aumento das taxas nos Estados unidos, depois do realizado em dezembro passado.

Yellen evitou descartar essa possibilidade, afirmando que "o Fed prevê que as condições econômicas evoluem de tal forma que seja necessária apenas uma alta gradual das taxas".

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